Até Morgan Stanley avalia que agenda de reformas está morta

Até a instituição financeira Morgan Stanley já avaliou que a agenda de reformas que o atual governo pretendia levar adiante está morta, até o início de um novo ciclo político. A análise acontece um dia após a revelação de que o presidente Michel Temer teria dado seu aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

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Segundo o site Infomoney, o case de investimentos para as ações brasileiras passa, assim, a ser relacionado à eleição presidencial de 2018. Neste cenário, o estrategista Guilherme Paiva espera uma queda de 26% do Ibovespa em relação ao fechamento da véspera, a 50 mil pontos ao final do ano no cenário negativo.

"Precisamos reavaliar o mercado a um nível de preços que leve em conta: 1) a liderança do ex-presidente Lula nas pesquisas; 2) a ausência de um candidato definido com políticas macroeconômicas ortodoxas e 3) o fato de haver um longo período de quase 18 meses até a eleição presidencial de 2018."

Neste cenário, o estrategista aponta preferência por empresas de alta qualidade e com balanços sólidos, que devem ser capazes de suportar o período prolongado de incerteza política e fraqueza econômica.