Aécio tucanou a propina e disse que foi um "empréstimo legal"

Em nota divulgada à imprensa, o advogado José Eduardo Alckmin, que defende o senador Aécio Neves (PSDB-MG), negou que o tucano tenha recebido propina e disse que os R$ 2 milhões solicitados e entregue por meio de uma mala, e não em depósito bancário, foi na verdade um empréstimo que Aécio pediu ao empresário Joesley Batista destinado a pagar os custos com a defesa dele na Operação Lava Jato.

Aécio Neves - Lula Marques

Segundo o advogado, o dinheiro entregue tratou, "única e exclusivamente de uma relação entre pessoas privadas, em que o senador solicitou apoio para cobrir custos de sua defesa, já que não dispunha de recursos para tal".

Em delação premiada à Procuradoria Geral da República (PGR), o empresário Joesley Batista – um dos donos do frigorífico JBS –, entregou uma gravação de 30 minutos na qual Aécio, presidente agora destituído do PSDB, pede R$ 2 milhões para, supostamente, pagar a defesa dele na Lava Jato.

De acordo com o advogado, o senador teria proposto a venda de um apartamento da família, mas o empresário não se interessou e preferiu "emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida".

Segundo a defesa, a intenção do senador sempre foi a de ressarcir o empresário depois da venda do apartamento.

"O senador Aécio Neves lamenta profundamente versões que têm sido divulgadas sobre o caso e, com serenidade e firmeza, vai demonstrar a correção de suas ações e de seus familiares, e a farsa de que foi vítima, montada pelo delator de forma premeditada e criminosa, induzindo as conversas para alcançar seus objetivos de obter os benefícios da delação", diz a nota.