Bomba de proporções inimagináveis nas mãos de Temer, diz Página 12

As denúncias contra o presidente brasileiro Michel Temer (PMDB-SP), de que ele teria dado aval ao dono da JBS, Joesley Batista, para continuar pagando propina ao ex-deputado Eduardo Cunha, foi destaque nos principais veículos de imprensa internacionais.

Capa do Pagina 12 - Reprodução

A informação, revelada pelo jornal O Globo após delação premiada de Batista, também implica o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Operação Lava-Jato.

Veja como a imprensa internacional tratou o assunto:

Página/12 – Argentina

“Uma bomba de proporções inimagináveis estourou nas mãos de Michel Temer e pode implodir seu governo”, começa a reportagem do jornal argentino Página/12. O periódico lembra que, logo após as denúncias, a oposição pediu o impeachment de Temer.

Telesur – Venezuela

A emissora multiestatal já questiona o que aconteceria em uma eventual destituição de Temer, lembrando que a Constituição brasileira determina a convocação de eleições indiretas após 30 dias uma queda de Temer. No entanto, diz a emissora, “os movimentos sociais e a maioria da oposição no Congresso brasileiro reclamam eleições diretas no caso de o atual mandatário não eleito, Michel Temer, deixe o Palácio do Planalto”.

The New York Times – EUA

O jornal norte-americano diz que Temer nega as acusações, mas lembra que o governo do presidente “tropeça de crise em crise desde que chegou ao poder há cerca de um ano, após uma longa batalha para derrubar sua antecessora de esquerda, Dilma Rousseff.  “Apesar da baixa popularidade, Temer vinha tentando ganhar apoio para medidas de austeridade”, disse o periódico.

Guardian – Reino Unido

Segundo o jornal The Guardian, “gravações explosivas implicam o presidente Michel Temer em suborno”. “Protestos e panelaços (uma tradicional forma de protesto na América Latina) puderam ser ouvidos quando as alegações foram divulgadas na TV. Manifestantes também se reuniram fora do palácio presidencial gritando “Fora Temer””, afirma o jornal.