Sonda Juno revela fotografias dos polos de Júpiter

A sonda da Nasa, Juno, que custa US$ 1 bilhão (R$ 3,124 bilhões) e realiza sua missão espacial perto de Júpiter, tem transmitido para a Terra imagens deslumbrantes do maior planeta do nosso Sistema Solar.

Um dos polos de Júpiter, fotografado pela sonda Juno

A sonda Juno já completou seu quinto voo e, segundo os especialistas da Nasa, eles estão aprendendo cada vez mais sobre Júpiter com cada novo voo.

"Será o nosso quinto voo em torno de Júpiter durante a missão, e estamos aguardando as novas descobertas que Juno nos vai revelar", disse Scott Bolton, investigador principal do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, localizado em San Antonio, Texas.

"Cada vez que nos aproximamos do topo das nuvens de Júpiter, recebemos novos conhecimentos que nos ajudam a entender este planeta gigante", acrescentou.

"A sonda Juno nos fornece resultados espetaculares e nos faz mudar nosso entendimento do funcionamento do planeta gigante", destacou.

A sonda da Nasa percorre o nosso Sistema Solar há cinco anos, tendo começado sua missão em agosto de 2011, e viajou 664 milhões de quilômetros para chegar a Júpiter em junho de 2016. No decurso do voo, a sonda esteve constantemente transmitindo fotos para a Terra.

Ela passou os primeiros dois meses após a longa viagem testando instrumentos e baixando sua órbita e transmitiu os primeiros dados científicos somente no fim de agosto.

As missões da sonda Juno são muito variadas, mas seu objetivo principal é aprender mais sobre a atmosfera, núcleo e campos magnéticos e gravitacionais de Júpiter. Até agora, Juno tem tirado fotos dos polos de Júpiter, registrando fenômenos estranhos, tais como a formação de nuvens e auroras polares no planeta gasoso.

A sonda Juno foi modificada para evitar a radiação de Júpiter, que podia danificá-la, danificando muitos de seus instrumentos altamente sensíveis dentro da sonda. Por essa razão, a órbita de Juno tem uma forma elíptica e se pode aproximar do planeta apenas até à distância de 4.160 quilômetros.

Em fevereiro de 2018, a nave espacial deverá mergulhar em Júpiter, onde a atmosfera do planeta a irá destruir, isso será realizado para prevenir a criação de lixo espacial e minimizar o risco de contaminação de uma das luas do planeta gasoso com bactérias originadas na Terra.