Livro de Bernardo Jofilly retrata os 100 anos da Revolução Russa 

O centenário da Revolução Russa é o tema do livro lançado por Bernardo Joffily, nessa segunda-feira (27), na Assembleia Legislativa. “Pequena História de um Século da Grande Revolução de Outubro” retrata a revolução que derrubou o czar russo em 1917 e deu início ao primeiro regime comunista do mundo e à União Soviética. O lançamento faz parte das atividades em comemoração aos 95 anos de fundação do PCdoB (Partido Comunista do Brasil).

Lançamento livro Bernardo joffily - FOTO: Miriam Zomer/Agência AL

Na obra, o autor procura resgatar como se desenrolou a revolução. Ele defende a existência de um legado positivo deixado pelos revolucionários e de conquistas alcançadas pelo povo soviético que chegaram a outros países. “É uma pequena contribuição para esse debate sobre a importância da Revolução Russa para a humanidade, que continua mesmo com o fim da União Soviética”, comenta Joffily.

O jornalista considera da revolução de 1917, ao lado da Revolução Francesa, como um dos principais acontecimentos históricos da humanidade. “Foi a primeira tentativa concreta de se superar o capitalismo, com um sistema novo, sem classes. A União Soviética não existe mais, mas nem por isso deixou de fazer contribuições importantes”, ressalta.

Entre os legados da revolução, Joffily considera que direitos trabalhistas e a criação de um sistema previdenciário estão entre as principais contribuições. Outro ponto importante, conforme o autor, foi a extensão do direito do voto às mulheres. “São legados que serviram mesmo para o capitalismo e hoje estão incorporados.”

O livro “Pequena História de um Século da Grande Revolução de Outubro” tem 91 páginas e foi publicado pela Editora e Livraria Anita Garibaldi Ltda. e Fundação Maurício Grabois. O autor, Bernardo Joffily, tem 66 anos, é jornalista e foi editor do Portal Vermelho.org.br de 2002 a 2009. É, também, autor do Atlas Histórico Isto É Brasil 500 anos e da agenda Brasil Outros 500. Comunista desde adolescência, participou da resistência à ditadura militar e foi vice-presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) de 1968 a 1970.