Arbitrariedade no Senado: Polícia da Casa censura revista da CNTE

A presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Amazonas (CBT-AM), Isis Tavares, denúncia que foi proibida pela polícia do Senado Federal de distribuir a revista Mátria, publicação da Secretaria de Gênero, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pela qual ela é responsável, na quinta-feira (23). 

secretária de Relações de Gênero da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Isis Tavares, - CNTE

A professora sindicalista conta que foi convidada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora da Mulher no Senado, para participar de audiência pública sobre o impacto da reforma da previdência na vida das mulheres.

 
“Na hora que abrimos os pacotes e os seguranças viram que se tratava de revista que trata das questões de gênero, disseram que eu tinha que ir à Polícia do Senado. Então levei um exemplar e fui informada de que só poderia distribuí-la no âmbito da comissão”, relata.
 
Ela apresentou a denúncia à Comissão de Direitos Humanos e o senador Paim fez o discurso dela constar dos autos do Senado e distribuiu as revistas ele próprio. “Estamos vivendo um sério déficit de democracia no país, estou chocada como fui desrespeitada”.
 
Pior ainda, reclama, “como não se pode distribuir uma revista de uma entidade sindical de nível nacional dentro da ‘casa do povo’?”, questiona. “É uma violência muito grande contra a classe trabalhadora”.
 
A audiência pública “As consequências da Reforma da Previdência na vida das mulheres”. De acordo com Tavares, “o Brasil está entrando em um retrocesso civilizatório. Precisamos de muita resistência para construir uma grande unidade. Vamos debater cada vez mais com os pais dos alunos porque essa reforma não atinge só a professora, atinge o futuro do seu filho”.

Clique AQUI para acessar a Revista Mátria, publicação da secretaria de Gênero da CNTE