Dilma sobre ilações da Odebrecht: Minha vida pública é limpa e honrada

A presidenta Dilma Rousseff classificou como "levianas" e "infundadas" as informações publicadas nesta quinta-feira (23), sobre supostas declarações atribuídas ao empresário Marcelo Odebrecht em delação vazada à grande mídia. "A ex-presidenta Dilma Rousseff não tem e nunca teve qualquer relação próxima com o empresário Marcelo Odebrecht, mesmo nos tempos em que ela ocupou a Casa Civil no governo Lula", diz o texto.

Dilma Brasil 247 - Reprodução Brasil 247

"Apesar das levianas acusações, suspeitas infundadas e do clima de perseguição criado pela irresponsável oposição golpista desde novembro de 2014 – e alimentada incessantemente por parcela da imprensa – Dilma Rousseff não foge da luta. Vai até o fim enfrentando as acusações para provar o que tem reiterado desde antes do fraudulento processo de impeachment: sua vida pública é limpa e honrada", completa.

Ainda segundo a nota, a presidenta Dilma sempre manteve uma relação distante do empresário "de quem tinha desconfiança desde o episódio da licitação da Usina de Santo Antônio"

A presidenta também reforça que "jamais pediu recursos para campanha ao empresário em encontros, em palácios governamentais, ou mesmo solicitou dinheiro para o Partido dos Trabalhadores". A declaração de Dilma contrasta com o que já foi admitido por Michel Temer, que confessou ter pedido doação para o PMDB em jantar com o empresários no Palácio do Jaburu, quando ainda era vice-presidente.

Dilma rebate afirmando ainda que, caso seja confirmadas tais declarações, "Marcelo Odebrecht precisa incluir provas e documentos das acusações que levanta contra a ex-presidenta da República". Ele salienta que a sua defesa solicitou – e teve negado os pedidos – à Justiça Eleitoral de apresentação de tais provas. "Não basta acusar de maneira leviana", disse.

Sobre o vazamento, Dilma afirma que "é no mínimo estranho que, mais uma vez, delações sejam vazadas seletivamente, de maneira torpe, suspeita e inusual, justamente no momento em que o Tribunal Superior Eleitoral, órgão responsável pelo processo que analisa a cassação da chapa Dilma-Temer, está prestes a examinar o relatório do ministro Herman Benjamin".

E finaliza: "Espera-se que autoridades judiciárias, incluindo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, venham a público cobrar a responsabilidade sobre o vazamento de um processo que corre em segredo de Justiça".