Chico Lopes: terceirização aprovada oficializa trabalho precário

“Em poucos meses, já foram perdidos direitos sociais e trabalhistas que levaram séculos pra serem conquistados”, aponta o deputado cearense, lembrando a aprovação do congelamento dos investimentos sociais, inclusive em saúde e educação, por 20 anos (PEC 241/55), a mudança nas regras da exploração do pré-sal privilegiando o capital internacional, a reforma do Ensino Médio imposta por medida provisória. “E os próximos capítulos dessa história, com a reforma da Previdência e a reforma trabalhista. Só que o que eles chamam de reforma na verdade é destruição dos direitos.”

Para Chico Lopes, a população, que realizou grandes manifestações em todo o país, no último dia 15, contra a reforma da Previdência, precisa se mobilizar ainda mais, diante de tantos ataques e tantos direitos que são retirados, “em poucos meses de um governo ilegítimo e que não conta com apoio nem de 10% do povo brasileiro”.

“Pejotização” e “Quarteirização”

“Fica claro agora por que a FIESP pagou os patos amarelos nas ruas. Era pra liberar geral a terceirização, a quarteirização, a pejotização, a precarização do trabalho no Brasil”, relaciona Chico Lopes. “A consequência disso vamos ver rapidamente, na diminuição dos salários, na retirada de direitos, no trabalho precário, no aumento da marginalidade e da violência.”

Para Lopes, o momento é de reforçar a denúncia dos efeitos nefastos dessa decisão e a mobilização contra as reformas trabalhista e previdenciária. “As pessoas estão entendendo, cada dia mais, o que realmente aconteceu no Brasil. Estão vendo que foi tudo um golpe e que quem assumiu o poder está pagando a conta a quem fez o golpe acontecer. Mas está pagando com os direitos, com o dinheiro, com o suor e a dignidade do povo.”