Parlamento britânico é atacado e Londres entra em pânico

A Polícia Metropolitana de Londres isolou as imediações da sede do Parlamento do Reino Unido, no centro da capital britânica, após um ataque tido como "atentado terrorista".

Ambulâncias e carros da polícia cercaram o parlamento britânico após o incidente - AP

Pelo menos uma mulher foi morta no incidente e há vários feridos em estado grave, segundo informações de um hospital londrino. A Scotland Yard – a polícia metropolitana de Londres – disse que um homem armado com uma faca teria atacado um policial na entrada do Parlamento.

O suspeito foi atingido a tiros pela polícia e levado a um hospital. Há relatos de que ele teria saído de um carro que, pouco antes, atropelou pelo menos cinco pessoas na ponte de Westminster. Ele teria entrado correndo no Parlamento quando atacou o policial.

Testemunhas afirmam que dois policiais teriam tentado conter o autor do ataque, aparentemente um homem de meia-idade, sendo que um deles caiu no chão logo depois, confirmando as notícias de que um agente teria sido esfaqueado.

"O outro começou a pedir ajuda, enquanto o agressor prosseguia sua corrida rumo à entrada do Parlamento. Dois homens à paisana e armados com pistola primeiro o intimaram a parar, depois dispararam duas ou três vezes, e ele caiu", contou à rede BBC a testemunha Quentin Letts.

Segundo ele, o homem era robusto e estava vestido de preto. De acordo com o jornal "Guardian", um policial informou que nenhum terrorista conseguiu entrar no prédio do Parlamento e que dois deles foram capturados na ponte.

Ao mesmo tempo, um fotógrafo da agência Reuters disse que há vários feridos na ponte Westminster. "Eu claramente ouvi tiros. Vi alguém vestido de preto cair. Acho que era um policial", declarou um funcionário do Parlamento à AFP.

Um helicóptero pousou no gramado em frente ao edifício para participar do atendimento aos feridos. Ambulâncias e carros de polícia cercaram a região.

O ataque ocorre exatamente um ano após atentados em Bruxelas que deixou 35 mortos e mais de 300 feridos. O ex-ministro das Relações Exteriores da Polônia Radoslaw Sikorski, disse à BBC ter visto "pelo menos cinco pessoas gravemente feridas".

"Ouvi um barulho que parecia uma colisão. Olhei pela janela e vi alguém no chão, que parecia ferido, depois vi outra pessoa caída. Aí comecei a filmar. Foi quando vi mais três pessoas no chão, uma delas perdendo muito sangue. O que vi foi um incidente envolvendo pelo menos cinco pessoas gravemente feridas", disse Sikorski.

Imagens de TV mostraram um carro com a frente danificada sobre a calçada próximo de uma grade de proteção ao lado do Big Ben. A polícia fez um apelo para que as pessoas permanecessem "calmas, alertas e vigilantes".

A área teve a segurança reforçada desde os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e os atentados ao sistema de transporte de Londres, em 2005. Testemunhas disseram ter ouvido quatro disparos. A primeira-ministra do país, Theresa May, se encontrava no Parlamento na hora do incidente.