Fetaemg reúne bancada mineira e pede rejeição à reforma da Previdência

No café da manhã nesta quinta-feira (16) em Brasília que reuniu prefeitos e parlamentares de Minas Gerais e dirigentes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas (Fetaemg) foi mais um ato dos trabalhadores rurais contra a reforma da Previdência Social de Michel Temer. Sindicatos e federações tem realizado encontros com parlamentares explicando que o fim da aposentadoria além de penalizar o trabalhador vai deixar diversos municípios em colapso.

Café da manhã da Fetaemg e bancada mineira para rejeição á reforma da Previdencia

Durante o encontro, o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, reforçou que, caso a PEC 287 seja aprovada, haverá um grande retrocesso na vida dos trabalhadores e trabalhadoras, em especial para os rurais, que iniciam a labuta no campo mais cedo e em condições exaustivas e penosas. “A Constituição de 1988 garantiu direitos a quem não tinha nenhum direito, especialmente aos trabalhadores rurais que não eram reconhecidos como uma categoria. Com a nossa luta houve avanços e melhorias para todos. ”

Sobre o déficit na Previdência, o presidente propôs que seja feita uma auditoria no Caixa da Previdência para comprovar a existência desse déficit. Vilson destacou ainda que os deputados precisam estar comprometidos com os trabalhadores e que o voto contra a PEC 287 é uma forma de demonstrar esse comprometimento com a classe trabalhadora. “Precisamos de políticos que estejam do lado do povo. O Brasil não pode ser só dos empresários e das multinacionais. O Brasil tem que ser um país de todos, por isso convidamos todos os deputados para lutarem conosco. ”
O presidente falou ainda que é incontestável o avanço que a Previdência Social deu ao Brasil, e caso a PEC287 seja aprovada, os trabalhadores do campo terão que ir para a cidade. “O governo terá que se preocupar com moradia e emprego para essas pessoas. E o campo deixará de produzir.”
 
A diretora de Políticas Sociais da Fetaemg, Maria Alves falou que o momento marca a história sindical e faz o Movimento refletir sobre a necessidade de obter avanços políticos e sociais para a construção de uma sociedade melhor. “É preciso que o Movimento Sindical se comprometa com a política partidária do país. Não dá para separar as eleições da luta da massa. ”
Representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Kátia Gaivoto, disse que, além de defenderem os Estados, os deputados precisam defender a Constituição Brasileira, que tem o conceito da seguridade social, que está sendo colocado em risco. “Caso a PEC 287 seja aprovada, a constituição poderá ser rasgada. Está nas mãos dos deputados o que a sociedade quer para o país e se os deputados votarem a favor é como se estivessem se posicionando a favor da miséria das pessoas.”