Vereador do MBL dá piti em entrevista que o confrontou sobre caixa 2

O vereador do MBL, Fernando Holiday (DEM-SP), deu um verdadeiro piti durante uma entrevista à Band, nesta quarta-feira (15), quando tentava explicar o caixa 2 em sua campanha eleitoral. Eleito com mais de 48 mil votos com um discurso de "combate à corrupção", Holiday perdeu completamente o controle. 

nova política Holiday - Reprodução

O vereador foi questionado a explicar o uso de dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral para o pagamento de cabos eleitorais responsáveis por panfletagens feitas durante a campanha dele. A informação foi apontada em em reportagem da jornalista Tatiana Farah e Severino Motta, no BuzzFeed.

A matéria mostra que a contabilidade da campanha do vereador não havia ali a declaração correspondente ao pagamento do trabalho de 26 pessoas que receberam R$ 60 por dia para distribuir santinhos para o então candidato.

Holiday iniciou a entrevista dizendo que a reportagem era uma trama da esquerda para desqualificá-lo. Confrontado, Holiday não negou o fato, mas disse que a legislação permitia tal procedimento, ou seja, que dinheiro não contabilizado não é crime de caixa 2.

"Isso não é caixa 2. Caixa 2 é quando você recebe dinheiro por fora e faz gastos para beneficiar sua campanha", disse Holiday. A contradição dele não está nos dados contábeis de campanha, mas no discurso de ódio que propaga contra seus adversários políticos. Só faltou dizer na entrevista que caixa 2, não sendo petista ou de esquerda, não há crime.

O vereador é interrompido pelo jornalista que pergunta: "Se o dinheiro não foi contabilizado não é caixa 2?. E ele responde: "Oi?"

O descontrole começou quando o apresentador Pannuzio usou o discurso de combate à corrupção contra ele. "o senhor, eleito para fazer o que foi, não tinha o direito de usar dinheiro não contabilizado em campanha".

Aos berros, Holiday disse: Você tem que verificar a p… do texto da lei, Pannuzio!". O jornalista decidiu então encerrar a entrevista: “Olha, vereador, foi um desprazer enorme tê-lo como representante na Câmara dos Vereadores”.