Em Aracaju, trabalhadores reagem ao desmonte da aposentadoria

Nesta quarta (15) de paralisações pelo país, manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro de Aracaju, em Sergipe, por volta das 14h30, em protesto contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Um pouco depois das 16h, eles iniciaram uma caminhada pelas ruas do centro.

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Os organizadores do evento estimaram que 5 mil manifestantes estavam no local. “A pauta é única para diversos sindicatos, até mesmo os não parceiros da CUT devem comparecer ao ato”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Sergipe, Rubens Marques.

“O Brasil está nas ruas para dizer que não aceita a reforma da Previdência, que é um desmonte da aposentadoria conquistada pelos trabalhadores brasileiros. O que temos que corrigir é distorção dos altos salários dos políticos e gestores do país”, apontou a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), Ivonete Cruz falou sobre o dia de manifestações em Sergipe e em outros estados brasileiros. “Nenhum direto a menos. Os trabalhadores da educação paralisaram as atividades hoje no estado por tempo indeterminado até que a gente consiga juntamente com todo o país barrar esse projeto da Previdência”, destacou.

Dentre os principais pontos da reforma contestados pelos manifestantes estão o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria, igual para homens e mulheres, e os 49 anos de contribuição exigidos para acessar a aposentadoria integral, além de impactos negativos que a reforma proposta por Temer causará entre trabalhadores e trabalhadoras rurais. Os movimentos também contestam o déficit alegado pelo governo para tentar impor às mudanças.