Inflação atinge aumento de 25,4% em 12 meses na Argentina

Com o governo do neoliberal Maurício Macri, a inflação registrou nova alta na Argentina, e atingiu no mês de fevereiro 2,5%. Os dados foram divulgados pelo Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). Em janeiro, o aumento havia sido de 1,3% e, em 12 meses, o índice já atingiu 25,4%, com crescimento de 3,5% só no primeiro bimestre do ano.

Mauricio Macri - Divulgação

A meta do Banco Central do país é de 17% para 2017, mas analistas ouvidos pela imprensa local já consideram difícil que ela seja atingida, tamanho o incremento nos dois primeiros meses. A título de comparação, os mercados esperam para o Brasil, neste ano, uma inflação – no acumulado dos 12 meses – em torno de 4,5%.

De acordo com o jornal La Nacion, não só os preços regulados – como energia elétrica, que sofreu aumento – registraram crescimento, mas também a inflação “núcleo” – como alimentos, por exemplo – subiu. Isso indica uma dificuldade futura para segurar os valores, já que o governo não tem como controlar esses índices por meio de regulação.

Segundo os dados divulgados na semana passada, praticamente todos os índices que compõem a inflação subiram, com exceção do vestuário (queda de 0,5 ponto) e diversão (-0,2). O maior incremento aconteceu em moradia e serviços básicos, com +8,4 pontos (em decorrência de um tarifaço da energia elétrica), e em educação (4 pontos).

O presidente do país, Mauricio Macri, assumiu o governo com a promessa de baixar a inflação. Em janeiro, Macri trocou o ministro da Economia, mesma época em que se anunciou que a subida de preços em Buenos Aires – referência para todo o país – havia atingido 41% em 2016. O mandatário havia prometido 25%, com reduções ano a ano.