Dezesseis filmes e séries que abordam temas para as mulheres

Cada vez mais os aspectos da vida das mulheres são abordados no cinema com um olhar “feminino” sobre a questão. Ou seja, sem os estereótipos perpetuados há décadas nesta indústria.

Grace and Frankie - Divulgação

Selecionamos quatro séries e 12 filmes cujo foco é a vida das mulheres com suas complexidades e desafios. Longe dos clichês, estas obras trazem personagens fortes e ousadas, mas cheias de leveza.

Veja a lista completa:

Séries

Sex & the City
EUA, 1998
Criadores: Darren Star, Karey Kirkpatrick

Os casos de quatro nova-iorquinas sobre relacionamentos, independência, trabalho, identidade e liberdade são contados com graça e estilo. A série, uma comédia de situação, aborda assuntos relevantes sobre o papel da mulher na sociedade atual.

Homeland
EUA, 2011
Criadores: Howard Gordon, Alex Gansa

Liderando ousadas missões da CIA no oriente médio, a pretexto do combate ao terrorismo, Carrie Mathison (Claire Danes) sacrifica sua vida pessoal, sua família, maternidade e sanidade.

The Honourable Woman
Reino Unido, 2014
Criador: Hugo Blick

A empresária Nessa Stein tenta corrigir os erros que sua família cometeu no passado e luta pela paz entre Israel e Palestina. Ela se envolve em uma complexa trama internacional, envolvendo vários governos e serviços de inteligência.

Grace and Frankie
EUA, 2015
Criador: Marta Kauffman, Howard J. Morris

Duas mulheres se vêem solteiras após décadas de casadas. A série encanta ao mostrar uma vida social, profissional e sexual funcionando em plena normalidade entre mulheres na casa dos 70 anos.

Filmes

Uma Garota Genial (Funny Girl)
Direção: William Wyler
EUA, 1968

A estreante Barbra Streisand encarna Fanny Brice, atriz de teatro, rádio e cinema norte-americana. Mulher à frente de seu tempo, Fanny rompeu com padrões sociais abrindo caminho para mulheres que ousaram conquistar espaço no mundo social e profissional dominado pelos homens.

Carrie
EUA, 1976
Direção: Brian De Palma

Jovem tímida e sensível enfrenta agressões psicológicas e físicas na escola e da mãe Margaret (Piper Laurie), uma fanática religiosa. O filme aborda o sofrimento perturbador entre as jovens meninas que não se enquadram nos padrões sociais e estéticos.

Norma Rae
EUA, 1979
Direção: Martin Ritt

Operária, filha de operários, mãe solteira de dois filhos, Norma Rae se engaja na luta sindical após a chegada de um sindicalista na fábrica têxtil onde trabalha. O filme é baseado na história real de Crystal Lee Sutton, que liderou uma campanha contra as condições de trabalho oferecidas pela J.P.
Stevens Mill.

Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento
EUA, 2000
Direção: Steven Soderbergh

Mulher divorciada, pobre e mãe de três filhos consegue trabalho em um escritório de advocacia ela e recebe um voto de confiança ao assumir um caso que já estava dado como perdido. O filme aborda a situação da mulher no mercado de trabalho e enfatiza o lado sacrificado de Erin ter de se manter longe de casa e dos filhos. O curioso é que quem fica para cuidar das crianças é o namorado George, um jovem habilidoso e carinhoso. Há aí uma clara inversão de papéis, que reforça o interesse pelo filme.

Pão e Rosas
Inglaterra, 2000
Direção: Ken Loach

 

As mexicanas Maya e Rosa, que vivem clandestinamente em Los Angeles (EUA), passam a trabalhar como faxineiras do turno da noite em um edifício comercial, ao lado de outros imigrantes ilegais, por salários humilhantes. Elas então abraçam a luta social, pondo em risco o emprego, a família e até mesmo o direito de permanência em território americano.

Terra Fria
EUA, 2005
Direção: Niki Caro

Sobre como e porque Josey Aimes, mulher que faz parte do grupo das primeiras mulheres a trabalharem em minas de ferro, em Minnesota, moveu uma histórica ação contra assédio sexual.

Zuzu Angel
Brasil, 2006
Direção: Sérgio Rezende

A história de uma mãe, Zuleika Angel Jones, e seu desespero em busca do filho, o militante do movimento estudantil Stuart Angel, assassinado pela ditadura militar na década de 1960.

O diário de uma babá
EUA, 2007
Direção: Shari Springer Berman, Robert Pulcini

Sobre a sutil brutalidade do descaso nas relações familiares na alta sociedade. Uma babá assume mais do que os cuidados com a criança uma vez que seus pais, que vivem uma vida de aparências, não conseguem criar vínculos profundos com ela.

Que horas ela volta
Brasil, 2015
Direção: Anna Muylaert

Val, uma pernambucana conformada com o tratamento que recebe como empregada doméstica em uma família rica de São Paulo, recebe a filha que deixou para trás quando saiu de sua terra natal. A jovem questiona sua posição naquela relação, baseada em sua classe social. O filme mostra as mulheres na sociedade brasileira e apresenta a ascensão social de famílias pobres na década de 2000 e 2010.

Cisne Negro
2010, EUA
Direção: Darren Aronofsky

Em uma companhia de dança jovens bailarinas disputam o papel principal em uma apresentação importante. Fatores como: competição entre as mulheres – inclusive entre mães e filhas; pesada carga de cobrança de perfeição; transtornos mentais e o medo de envelhecer, compõe um cenário desolador. No filme a perfeição esconde uma realidade aterrorizante e o sucesso profissional e social das mulheres tem um preço altíssimo: inveja, pressão, violência e insanidade.

Histórias Cruzadas
EUA, 2011
Direção: Tate Taylor

Histórias de empregadas domésticas negras na década de 1960, no Mississippi, EUA, e suas relações de exploração física, social e psicológica com patroas brancas.

As sufragistas
Reino Unido, 2015
Direção: Sarah Gavron

“As Sufragistas” encena uma das campanhas do movimento pelo direito das mulheres exercerem o voto na Inglaterra. Cansadas de protestar pacificamente e ter suas reivindicações negadas por um poder restrito aos homens, mulheres se organizam e seguindo a orientação da líder Emmeline Pankhurst nos primeiros anos do século 20.