Piso Salarial Regional de 2017 é definido no estado 

Após várias rodadas de negociação iniciadas ainda em 2016, no último dia 02 de março entidades representando a classe trabalhadora fecham acordo com o setor patronal referente ao piso salarial de Santa Catarina para 2017. A negociação acordada entre o setor laboral e patronal, foi mais satisfatória ao setor empresarial, uma vez que na média recuperou a inflação do ano anterior. 

Piso regional CTB SC

Para Odair Rogério, opresidente da CTB-SC, sem dúvida foi uma das mais difíceis negociações entre representantes dos trabalhadores e setor patronal. ‘Houve um enorme esforço para se chegar ao acordo. Embora não tenha atendido todas a nossas reivindicações principalmente no que tange ao ganho real e valorização de nosso piso salarial’. Segundo o presidente, as entidades classistas apostamna continuidade de manter aberto o canal de diálogo com o setor patronal para que no próximo ano possamos avançar numa negociação que priorize e valorize os trabalhadores catarinense.

Presente na reunião de negociaçãoque fechou o acordo, o diretor da CTB-SC, Meark Batista avaliou como desnecessária e equivocada a fala de Glauco José Côrte presidente da Fiesc que em sua fala final tentou comparar a negociação entre as entidades patronal e laboral de Santa Catarina com a proposta de flexibilização (negociado sobre o legislado) proposto pelo governo Temer. Para Meark, ‘o presidente da entidade patronal confunde uma negociação que propõe a valorização de salários dos trabalhadores catarinense com uma proposta que objetiva a retirada de direitos como quer aprovar o governo federal na reforma trabalhista’.

O acordo assinado deverá ser entregue ao Governador Raimundo Colombo logo após seu retorno de agenda no exterior.Veja como ficaram as faixas salarias em suas devidas especificações:

VALORES DO PISO SALARIAL ESTADUAL EM SANTA CATARINA

Os trabalhadores que recebem este piso deverão receber retroativo a janeiro de 2017.

1ª FAIXA – agricultura e pecuária – indústrias extrativas beneficiamento – empresas de pesca e aquicultura – empregados domésticos – indústrias da construção civil – indústrias de instrumentos musicais e brinquedos – estabelecimentos hípicos – empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas

R$ 1.009 (2016) foi para R$ 1.078 (2017)

2ª FAIXA – indústrias do vestuário e calçado – indústrias de fiação e tecelagem – indústrias de artefatos de couro – indústrias do papel, papelão e cortiça – empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas – empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas – empregados em empresas de comunicações e telemarketing – indústrias do mobiliário

R$ 1.048 (2016) foi para R$ 1.119 (2017)

3ª FAIXA – indústrias químicas e farmacêuticas – indústrias cinematográficas – indústrias da alimentação – empregados no comércio em geral – empregados de agentes autônomos do comércio (toda a base de representação da FECESC)

R$ 1.104 (2016) 1.179 (2017)

4ª FAIXA – indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico – indústrias gráficas – indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana – indústrias de artefatos de borracha – empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito – edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade – indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas – auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino) – empregados em estabelecimento de cultura – empregados em processamento de dados – empregados motoristas do transporte em geral – empregados em estabelecimentos de serviços de saúde

R$ 1.158 (2016) R$ 1.235 (2017)

Fonte: CTB-SC