Centrais aumentam mobilização para ato contra reforma da Previdência

A mobilização entre os trabalhadores para o ato do dia 15 de março contra a reforma da Previdência se intensifica. Na cidade de São Paulo, as centrais organizam assembleias esclarecendo ao trabalhador a importância do ato. A proposta de reforma da Previdência de Michel Temer tramita em comissão especial da Câmara dos Deputados. O processo tem marcado uma disputa entre governo e centrais, que querem evitar que o Executivo passe o rolo compressor.

Mobilização ato do dia 15 de março contra reforma da previdencia - Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirma que em 2017 as lutas serão ampliadas e é momento de mobilizar os trabalhadores para cruzarem os braços em protesto contra as medidas retrógradas do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).

“Estamos realizando audiências públicas, plenárias nos sindicatos, panfletagens e todas as ações necessárias para alertar a classe trabalhadora e toda a sociedade contra os prejuízos que a reforma da Previdência pode provocar. Estaremos nas ruas contra essa reforma perversa e cruel que os golpistas querem impor”, diz o dirigente.

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também convocou os filiados à entidade.  "A CTB pede força total às suas estaduais e sindicatos na preparação dos atos e mobilizações do dia 15", enfatizou o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. O mote acordado pelas entidades para a data é: "Resistir a todo custo contra a retirada dos direitos". 

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical, liderou nesta quinta-feira (2) assembleia na zona leste de São Paulo e disse que as propostas encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional “não podem tirar direitos da classe trabalhadora”.

Para Miguel Torres, a recessão só será superada com a retomada do desenvolvimento econômico do país, investimentos na produção nacional, geração de empregos e respeito às conquistas dos trabalhadores.

“Vamos continuar mobilizados contra a perda de direitos, no dia 15 de março, com assembleias nas portas de fábrica em apoio à mobilização das centrais sindicais, nas demais assembleias regionais metalúrgicas e em ações de pressão aos parlamentares, para que não votem em propostas contrárias aos interesses dos trabalhadores”, diz Miguel Torres. A atividade no bairro de Itaquera reuniu mais de 1.500 metalúrgicos de 15 empresas.

O ato do dia 15 faz parte de uma agenda unitária de lutas contra a reforma da Previdência que reúne a CTB, CUT, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e CSP-Conlutas.