Altamiro Borges fala sobre o papel da mídia em entrevista à TVT

Participar de todas as lutas pela democratização da comunicação, fortalecer todos os veículos alternativos existentes que fazem a narrativa contra-hegemônica ao monopólio midiático, ajudar na formação de novos comunicadores, estudar as mudanças que ocorrem na comunicação nacional, são os objetivos do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que realiza uma campanha para arrecadar fundos e continuar atuando. 

Altamiro TVT - Foto: Reprodução/TVT

Em entrevista ao Jornal da TVT, o presidente do Barão, o blogueiro Altamiro Borges, ressaltou o protagonismo da grande mídia na política brasileira. Destacou o clima de ódio criado pela imprensa que teve papel fundamental no golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff em maio de 2016.
Altamiro falou da importância da mídia no direcionamento político do país. “Tivemos um golpe parlamentar, judicial e midiático, mas pra mim a mídia foi a principal protagonista. Se não fosse a mídia, o juiz Sérgio Moro não existiria, se não fosse a mídia, o parlamento brasileiro não era tão ruim”, destacou.

Miro, como é conhecido, falou da “abordagem seletiva da questão da corrupção” influenciada pela mídia, que ainda criou um clima de ódio no país, um clima irracional de intolerância no meio da sociedade. “A mídia criou esse clima.”

O blogueiro explicou ainda que após o golpe ser concretizado, a mídia começou a pautar o governo ilegítimo de Michel Temer. [A mídia] “foi copartícipe deste governo e defendeu a pauta que sempre defendeu para dar mais dinheiro aos ricos”, ressaltou.

Miro destacou ainda que a mídia começa a ver que “o Temer subiu no telhado”. A imprensa começa a ficar preocupada que as pesquisas indicam queda na popularidade de Temer e, ao mesmo tempo, a ascensão de Lula nas pesquisas eleitorais.

A democratização da comunicação no Brasil é um desafio para os movimentos que defendem a liberdade de expressão e o direito à comunicação no país, onde a imprensa nacional está concentrada na mão de meia dúzia de famílias. Para Miro, as informações que chegam para toda a sociedade passam por um “filtro ideológico dos donos dos veículos e quase nunca representam os pontos de vista dos trabalhadores”.

Apoio

O presidente do Barão de Itararé explicou que para continuar a luta pela democratização da comunicação no país, a entidade necessita de ajuda para financiar sua atuação, por isso, está lançando uma campanha para arrecadar fundos e continuar atuando. Para Miro, o ano de 2017 será de muito trabalho e “é preciso fortalecer este campo”.

Para mais informações acesse o site www.baraodeitarare.org.br, no ícone Amigos do Barão.

Assista abaixo a íntegra da entrevista: