Evo Morales reforça importância de projetos energéticos na Bolívia

O presidente de Bolívia, Evo Morales, reforçou hoje a importância de se investir nos projetos hidrelétricos, com o fim de tornar o país o coração energético da América do Sul.

Evo Morales - Reuters

Durante a entrega de uma unidade educativa no departamento de Cochabamba, o mandatário assinalou que os jovens devem se preparar para o trabalho na produção de energias a partir de fontes renováveis.

É necessário incorporar o ramo da eletricidade nos centros educativos para fomentar a preparação das novas gerações e conseguir, assim, a independência tecnológica a partir do conhecimento científico e da consciência social, indicou Evo.

Anunciou a construção de outras três plantas hidroelétricas em Cochabamba, além da de San José. O governo planeja a execução de 27 megaprojetos deste tipo, sete deles nessa região.

Prevê-se que San José, com um investimento de 252 milhões de dólares, tenha uma produção de 124 megawatts (MW), o que equivale cobrir 10 por cento da demanda interna.

Dentro da agenda 2025, o tema energético é prioridade-afirmou- pois a Bolívia pretende exportar eletricidade a vários países do continente como Brasil, Paraguai, Peru e Argentina.

O gigante sul-americano acordou subscrever um tratado internacional de integração energética com a nação andino-amazônica para importar ao redor de 7.500 MW.

Para isso, autoridades da Empresa Nacional de Eletricidade (ENDE) da Bolívia e Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) avançarão na administração de dois corredores para o envio do referido recurso.

Serão duas vias: uma no setor leste de nosso país, por Santa Cruz, e a segunda no norte, por Beni, Pando e outros lugares vinculados à bacia do rio Madeira, explicou o Ministro de Energias, Rafael Alarcón.

Os dois governos assinaram, ademais, um ajuste complementar para a execução de um projeto de desenvolvimento institucional de gerenciamento de recursos hídricos.

O embaixador brasileiro na Bolívia, Raymundo Santos, assinalou que a Agência Nacional da Água de seu país destinará 400 mil dólares para especificar a iniciativa. E ainda, participará na construção de uma sala de monitoramento hidrometeorológico.

Alarcón informou que existe um contrato com a Argentina para o comércio em curto prazo dentre 80 e 120 megawatts.

Bolívia prepara também a hidrelétrica El Bala em La Paz, que contará com um investimento estimado em seis bilhões de dólares, e deve gerar 3.700 MW.