Temer admite que pediu doação à Odebrecht, mas diz que foi legal

Por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (23), após o teor do depoimento de José Yunes à Procuradoria-Geral da República ter sido divulgado pela imprensa, Michel Temer admitiu que pediu recursos para a campanha eleitoral de 2014 para a Construtora Norberto Odebrecht, mas diz que não autorizou nem solicitou que fosse feito em caixa 2.

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"Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral", afirma um trecho da nota da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

O texto ainda explica que a Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014 e que tudo declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. "É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", afirma.

Yunes, disse à Procuradoria-Geral da República que recebeu “documentos” do doleiro Lúcio Funaro a pedido do atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante a campanha presidencial de 2014, mas que desconhece o conteúdo do envelope.

Citado, o ministro Padilha pediu licença do cargo para fazer uma cirurgia, devendo ficar afastado até o dia 6 de março. foi o que bastou para aumentar as especulações sobre uma eventual saída do governo.

Em entrevista à jornalistas, Temer disse e que não tem "nenhuma intenção neste momento de fazer mudança na equipe". "Naturalmente, não sei o que vai acontecer daqui pra frente", completou.