Na contramão de Trump: NBA vai "saltar o muro" e entrar no México

A proximidade geográfica dos EUA e conexão com a América Latina fazem do México um território muito interessante para a expansão da liga de competição de basquetebol. A liga americana procura ampliar sua margem de ação e contraria os interesses de Donald Trump, o presidente que quer construir um muro na fronteira dos EUA com o México.

Cesta de basquete

A globalização é um fenômeno que tem sido grandemente criticado e posto em causa nos dias de hoje, com vários países a ameaçar romper vínculos comercias e prontos a fechar fronteiras mas, a liga de basquetebol mais conceituada do mundo, a NBA, quer "pular os muros" e expandir-se mundialmente.

A direção da liga quer que se associe a competição a valores como tolerância e respeito pelas minorias "a NBA tenta unir as pessoas", disse o comissário Adam Silver ao jornal Expansión durante os NBA Global Games.

A revolução digital tem sido uma peça chave na globalização e no acesso global ao campeonato mas apenas os fãs norte-americanos e canadenses podem assistir aos jogos presencialmente, algo que a direção pretende mudar rapidamente e, começou com a realização de dois jogos da temporada na Arena Cidade do México em janeiro.

A proximidade geográfica dos EUA e conexão com a América Latina fazem do México um território muito interessante para a expansão da liga de competição de basquetebol.

Brabender, diretor-geral de marketing e conteúdos do You First Sports acredita que o interesse neste território "deve ser elevado", apontando a proximidade com os EUA e a vasta população mexicana como características favoráveis.

"Em relação a uma franquia no México, especificamente na Cidade do México, é algo que estamos a estudar. É um mercado incrível com mais de 20 milhões de pessoas, o maior da América do Norte. Enquanto não temos planos imediatos para expansão, uma das questões que temos em conta é verificar se a expansão seria benéfica para toda a liga. O México apresenta vantagens não só pela densidade populacional mas por poder ser uma porta de entrada para o resto da América Latina, o que é potencialmente favorável para o campeonato", diz o diretor da competição.