Alerta Unicamp e UJS apoiam a chapa Rachel e Osvaldir

Nos dias 15 e 16 de março acontece o processo de consulta de escolha para reitor (a) na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Esta eleição não é paritária e equivale a 3/5 docentes, 1/5 funcionários, 1/5 estudantes. Nos dias 29 e 30 do mesmo mês, caso haja necessidade, acontece o segundo turno.

rachel e osvaldir

Cinco candidaturas estão concorrendo ao pleito: Professores: Antonio Celso Fonseca de Arruda, Léo Pini Magalhães, Luis Alberto Magna, Marcelo Knobel e Rachel Meneguello.

Esta consulta na Universidade ocorre num cenário de grandes conturbações políticas e econômicas e de uma ofensiva que visa enfraquecer a educação pública, os serviços públicos e fundamentalmente fazer um ajuste, retrocedendo em direitos dos trabalhadores. No estado de São Paulo o governo Alckmin age para asfixiar financeiramente as universidades e retroceder na autonomia, duramente conquistada na luta das universidades e consagrada no artigo 207 da constituição de 1988.

A Unicamp tem este ano um orçamento previsto de 2,367 bi, com um quadro de 8 mil funcionários, 1.867 docentes e cerca de 34 mil alunos distribuídos em 66 cursos.

Chapa Raquel e Osvaldir

As candidaturas estão se movimentando pela Universidade e nesta sexta, 17, aconteceu a plenária de campanha das candidaturas Rachel Meneguello e Osvaldir Taranto, a qual a corrente de opinião entre os funcionários “Alerta Unicamp” e a UJS estão apoiando, entre outras forças políticas. Participaram cerca de 150 pessoas, entre professores, funcionários e estudantes.

Na visão do Alerta Unicamp, não há como olhar para o processo e colocar um sinal de igual entre os candidatos e os projetos em discussão. “Está evidente nesse processo, pautado por crise econômica e um processo político onde um presidente ilegítimo foi alçado ao poder, que as candidaturas, sobretudo, as que tendem a polarizar a disputa estão pautadas. Não é a toa que vários ex-reitores protagonistas de gestões conservadoras e que sempre tiveram influência no poder da Universidade, se uniram na construção da candidatura do professor Marcelo e da professora Tereza. E, não é à toa também, que um campo democrático e popular, que tem uma visão de resistência a essas políticas se uniu em torno da candidatura da Professora Rachel e Osvaldir. O resultado da consulta não é indiferente aos trabalhadores”, informa o texto da corrente publicado no jornal do STU, sindicato dos funcionários.

Garantir a autonomia da Universidade e o seu caráter público foi um dos tons da plenária e um dos elos que une as diversas correntes que apóiam a candidatura. “Não concordamos com tudo sobre o que pensamos sobre a Universidade. Mas, o que importa é que estamos num momento de que é um profundo ataque aos direitos e conquistas dos trabalhadores, à Universidade pública. Quando olhamos para a fotografia do outro lado é de retrocesso de enfraquecer as nossas conquistas. E este é o principal desafio para que nos leve a trabalhar para que esta chapa seja vitoriosa. A garantia de que será respeitada a autonomia da Universidade, que é parte da nossa conquista histórica. Vamos ter que lutar muito para eleger e vamos ter que lutar muito depois também”, finalizou João Raimundo Mendonça de Souza, o Kiko, uma das lideranças do Alerta Unicamp, ao final da sua fala na plenária.

“É preciso derrotar essas candidaturas que surgem para representar aqueles que querem o embrutecimento no tratamento às lutas dos estudantes. E mais, que querem privatizar a Unicamp. Que não querem avançar na política de cotas. Estou aqui para manifestar meu apoio à Rachel, pelo seu comprometimento com a democracia, diálogo e defesa da universidade pública cada vez mais forte e popularizada”, disse o vice-presidente da UNE e estudante de Políticas Públicas da Universidade, Cristovan Grazina, durante a plenária.

De Campinas,
Márcia Quintanilha