Dilma: Mulheres precisam reagir a reflexos da política neoliberal

Em texto publicado na sua página no Facebook, a presdienta eleita Dilma Rousseff convocou as brasileiras a se juntarem ao movimento mundial de mulheres, que organiza marcha no dia 8 de março, em diversos países, contra o avanço conservador. Para Dilma, a data deve servir ainda para denunciar o golpe e resistir à perda de direitos imposta pelo atual governo.

Dilma Rousseff

"As mulheres, em todos os estados da nossa Federação, preparam uma grande mobilização para marcar o dia 8 de março. Irão marchar contra a misoginia, o machismo e a violência, mas também irão denunciar o golpe e reagir à perda de direitos que sua consolidação acarreta", escreveu.

Segundo ela, as brasileiras precisam participar das mobilizações, uma vez que as medidas anunciadas pelo atual governo acarretarão prejuízos aos seus direitos. “Todas as iniciativas do governo ilegítimo evidenciam o retrocesso. A aprovação de um teto de gastos, por vinte anos, para educação, saúde, cultura, segurança pública, por exemplo, implicará em enormes perdas para as mulheres e os que mais precisam. As reformas da Previdência e Trabalhista têm impacto negativo em toda a população, mas afetam sobremaneira a vida de milhões de mulheres chefes de família”, alertou.

Nesse sentido, Dilma defendeu a união de todas as mulheres contra "a política neoliberal que avança sobre a democracia e fortalece discriminações e preconceitos".

Leia abaixo a íntegra do texto de Dilma:

É preciso que as mulheres reajam aos reflexos da política neoliberal

Nós, no Brasil, estamos em sintonia com os movimentos de mulheres que ocorrem em todo o mundo, como, por exemplo, o movimento “Ni Una a Menos”, na Argentina, e a convocação de Angela Davis e Nancy Fraser, para uma greve feminista, nos Estados Unidos.

As mulheres, em todos os estados da nossa Federação, preparam uma grande mobilização para marcar o dia 8 de março. Irão marchar contra a misoginia, o machismo e a violência, mas também irão denunciar o golpe e reagir à perda de direitos que sua consolidação acarreta.

Todas as iniciativas do governo ilegítimo evidenciam o retrocesso. A aprovação de um teto de gastos, por vinte anos, para educação, saúde, cultura, segurança pública, por exemplo, implicará em enormes perdas para as mulheres e os que mais precisam. As reformas da Previdência e Trabalhista têm impacto negativo em toda a população, mas afetam sobremaneira a vida de milhões de mulheres chefes de família.

É preciso, por isso, que todas as mulheres de diferentes matrizes religiosas, opção política, diversidade sexual, negras, brancas, de todas as etnias, se juntem a esse movimento para reagir aos reflexos da política neoliberal que avança sobre a democracia e fortalece discriminações e preconceitos.

Em todo o mundo, as mulheres têm assumido a liderança na luta contra a barbárie e mostram sua força e determinação. Dia 8 de março, dia internacional de luta das mulheres.

Dilma Rousseff