Humberto Costa: Não daremos trégua a esse governo usurpador e golpista

Em discurso na tribuna do plenário, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que a legenda fará uma oposição sem trégua e mais dura ao governo de Michel Temer (PMDB). “Não daremos trégua a esse governo usurpador e golpista", enfatizou o parlamentar.

Humberto Costa (PT) - Waldemir Barreto/Agência Senado

Humberto Costa reforçou a oposição sem tréguas contra as propostas de reforma da Previdência e trabalhista.

"Fiquem certos de que não haverá um minuto de trégua. Vamos denunciar cada ação tosca, a começar com essas reformas de mentira que só visam ao esfacelamento dos movimentos sociais e populares e das conquistas obtidas justamente nos governos de Lula e de Dilma, do PT”, afirmou.

E completa: “Fiquem certos, seus golpistas, de que a nossa resposta, a resposta de Lula e do PT e a resposta dos trabalhadores brasileiros a essas tentativas serão a luta permanente e sem descanso”.

O senador também falou sobre a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), para o Supremo Tribunal Federal. “É mais um capítulo do repertório atrapalhado de Temer”, disse ele, enfatizando que a indicação "é desastrosa e atende a interesses políticos partidários".

"Não poderia ter sido uma escolha mais infeliz, uma escolha rejeitada por todo o Brasil, não só pela oposição, mas por muitos que apoiam o governo e apoiaram o golpe que levou esse grupo ao governo", disse.

Humberto Costa apontou o desastre do comando de Moraes no Ministério da Justiça com a explosão da crise penitenciária, e também como secretário de Segurança de São Paulo.

"Mais grave ainda é o fato de que no STF ele vai ajudar a decidir o futuro dos acusados pela Operação Lava Jato. Muitos desses terão sido seus colegas de governo, e muitos deles mergulhados nas acusações. Alexandre de Moraes passará por uma sabatina neste Congresso. [A indicação dele] Se confirmada, deporá contra o Senado e deporá contra o Supremo Tribunal Federal", afirmou.

“Recebemos essa notícia com perplexidade. A nosso ver, a indicação é inadequada e injustificada diante da sua larga folha de maus serviços prestados como secretário de Estado e como ministro”, argumentou.