Centrais mineiras vão relembrar em ato 13 anos da Chacina de Unaí

Treze anos após o assassinato de três auditores fiscais e um motorista que faziam fiscalização das condições de trabalho nas fazendas de Unaí (MG), a justiça ainda não foi feita. Mesmo condenados a 100 anos de prisão, os envolvidos no crime estão em liberdade. Para lembrar a chacina, as Centrais Sindicais organizam Ato Público para próxima segunda-feira (30).

Assassinato de auditores fiscais em Unaí em 2004 - José Cruz / Agência Brasil

O ocorrido é uma lembrança dolorosa para o movimento sindical, que em novembro do ano passado realizou, em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um protesto em pedido de celeridade da execução das sentenças contra os mandantes do crime. Os acusados de participação já foram julgados e condenados, mas os irmãos Antério e Norberto Mânica, mandantes, e os intermediários Hugo Pimenta e José de Castro aguardam em liberdade o julgamento de recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília.

No dia 28 de janeiro de 2004 os auditores fiscais Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assssinados em Unaí. Na ocasião investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas na cidade mineira.

SERVIÇO

Ato público pela prisão dos mandantes e Intermediários da Chacina de Unaí
Dia: 30 de janeiro
Hora: 9h
Local: Em frente a SRTE/MG (Rua Tamóios, 596 – centro Belo Horizonte)

Veja abaixo a carta assinada pela CTB, UGT, Nova Central, CUT, Intersindical e Força Sindical: