Brasil perde 1,32 milhão de empregos com carteira assinada em 2016

Ao contrário do que o governo Temer tenta transparecer, a rápida recuperação das taxas de desemprego está longe de ter um desfecho positivo. Segundo dados apresentados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social nesta sexta-feira (20), o Brasil encerrou 1.321.994 vagas de trabalho com carteira assinada no ano de 2016.

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A informações apresentam também que em 2016 todos os meses tiveram corte de vagas. Considerando apenas dezembro, houve o fechamento de 462,3 mil vagas. No ano, o total de empregos com carteira assinada caiu 3,3% em relação a 2015.

Dentro do universo de vagas com carteira de trabalho encerradas, as informações do balanço são de que a perda foi maior atingiu a área de serviços, com 390 mil vagas no setor. Industria, comércio e contrução civil perderam, respevtivamente, 323 mil, 359 mil e 204 vagas de trabalho. 

Nem o natal salvou

Nem o período natalino driblou os números negativos. Em dezembro de 2016 o número de demissões superou as contratações em 462 mil. 

Com 12 milhões de desempregados no país, a taxa de desocupação e o contingente de pessoas são os mais altos da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 .

Os dados apresentados somam-se as informações divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho divulgadas nesta semana: A cada três novos desempregados no mundo, um será brasileiro. O Brasil terá em 2017 o maior aumento do desemprego entre as economias do G-20 e adicionará 1,4 milhão de novos trabalhadores sem emprego à sociedade até 2018. 

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Adilson Araújo, considera que os rumos políticos são determinantes para a intensificação do desemprego. "Para aliviar o drama, é necessário mudar a política econômica, reduzir juros, controlar o câmbio e ampliar os investimentos públicos. O golpista Temer não tem interesse nem legitimidade para tanto. O retrocesso neoliberal irá aprofundar a crise", denuncia.