China insiste em solução política para a crise da Ucrânia

O presidente Xi Jinping assegurou que a China defende uma solução política para a crise da Ucrânia. A afirmação teve lugar em Davos, Suíça, ao reunir-se com seu homólogo ucraniano Petro Poroshenko, à margem do Foro Econômico Mundial que se desenvolve nessa cidade desde terça-feira e vai até o dia 20 de janeiro, sob o tema 'Liderança receptiva e responsável'.

Xi Jingping, presidente da China - www.news.cn

Durante o diálogo, o chefe de Estado chinês advogou para que a Ucrânia mantenha a estabilidade social e o desenvolvimento econômico.

Ao recordar que este ano se comemora o XXV aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre China e Ucrânia, valorizou de importantíssimas as relações com esse território localizado no leste da Europa.

Expôs que Pequim está disposta a trabalhar com Kiev para cimentar a confiança política mútua, fortalecer os intercâmbios entre governos, legislaturas e partidos políticos e aprofundar a cooperação de benefício mútuo.

Igualmente sugeriu a ambas partes aumentar os intercâmbios e cooperação em áreas como educação, cultura, saúde, esportes e turismo, e elevar o diálogo e a coordenação em assuntos internacionais e regionais, bem como em instituições multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Poroshenko, por sua vez, disse que as relações ucraniano-chinesas também são importantíssimas para sua administração e comentou que fará esforços para expandir a cooperação política, econômica e comercial com a China.

Também refletiu que existe um potencial enorme para a cooperação bilateral em áreas como logística, portos, agricultura, aço e manufatura de maquinaria, e deu as boas-vindas a maiores investimentos chineses na Ucrânia.

Ucrânia, um dos membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assumirá a presidência rotativa em fevereiro próximo, informou Poroshenko.

Instou a elevar a comunicação e coordenação com o gigante asiático no organismo mundial.

Em abril de 2014, começou a crise no leste da Ucrânia quando Kiev lançou ofensivas contra os insurgentes para recuperar as cidades e povoados que ocuparam.

Em fevereiro de 2015 foi assinado o acordo de Minsk na capital da Bielorrússia, com a mediação da França e Alemanha, pacto que pede um cessar-fogo junto com várias medidas políticas, econômicas e sociais para pôr fim ao conflito no leste da Ucrânia.