Líder do PT pede exoneração do novo Secretário de Juventude 

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), protocolou nesta segunda-feira (16) representação na Comissão de Ética da Presidência da República contra Assis Filho, recém nomeado Secretário Nacional de Juventude do governo Temer, réu em uma ação de improbidade administrativa na justiça do Maranhão sob a acusação de ter sido funcionário “fantasma” na prefeitura de Pio XII  

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Zarattini pede também a análise da conduta do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que permitiu a nomeação.

Filiado ao PMDB, o novo Secretário Nacional de Juventude é réu desde agosto do ano passado em uma Ação Civil Pública que acusa o então prefeito de Pio XII – Paulo Roberto Sousa Veloso – de manter irregularmente na folha de pagamento da prefeitura “diversos funcionários fantasmas”, entre eles Assis Filho. Segundo o Ministério Público do Maranhão, o esquema gerou um prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões ao erário municipal.

“O governo Temer tem reunido o que tem de pior na política ao trazer pessoas alinhadas aos seus interesses, sem observar o passado delas e o compromisso com a ética na vida pública. É lamentável que esteja ocorrendo isso, e só nos resta encaminhar essa representação a Comissão de Ética para tentarmos interromper essa prática que é comum no governo do Temer”, explicou Zarattini.

Na representação, o líder do PT destaca ainda que as acusações que pesam sobre o novo Secretário Nacional de Juventude “ferem princípios sensíveis da administração pública”, como o da “moralidade pública”. Zarattini diz ainda que a permanência de Assis Filho no cargo “é incompatível com os postulados éticos que devem balizar a atuação (do Secretário) junto a juventude nacional”.

Sobre o ministro da Casa Civil, o líder do PT solicita a análise da conduta de Eliseu Padilha por não ter adotado as “cautelas necessárias quando conduziu ao serviço público, alguém que não goza nesse momento da higidez ética que se espera para a função”.

Confusão

O jornalista Palmério Dória, em seu perfil no Facebook, acusou Assis Filho de ter organizado ataques aos eventos de lançamento do seu livro “Honoráveis bandidos” – sobre a vida política de José Sarney – no Maranhão, em 2010. “(Assis Filho) Comandou uma horda que invadiu o auditório da Universidade do Maranhão em 2010 e implodiu o lançamento de Honoráveis Bandidos em Imperatriz com apoio da PM e suas bombas de efeito imoral”, registrou Dória.

“Foi a segunda agressão. A primeira aconteceu no Sindicato dos Bancários, em São Luís, poucos meses antes. A Noite das Cadeiradas e a invasão da Universidade pela Juventude Fascista de Sarney estão no Youtube. E Assis Filho agora é o homem de Temer para formar grupos de nazistas prontos a queimar livros em praça pública”, acrescentou o jornalista.