Marcos Verlaine: Poderes se alinham contra direitos trabalhistas

Só o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou, em pouco tempo, oito direitos e garantias dos trabalhadores e de interesse do movimento sindical. Caso flagrante é a decisão do ministro Gilmar Mendes que derrubou a ultratividade dos acordos coletivos, empurrando direitos e garantias para o vazio jurídico. 

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A disposição antitrabalhista também é predominante no Congresso Nacional, no Executivo e mesmo junto ao TST, cujo presidente, Ives Gandra Martins Filho, contraria a tradição da Corte e se alinha a teses do capital.

Esse foi o centro da análise de Marcos Verlaine, assessor parlamentar do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) em dois recentes eventos em São Paulo, terça-feira (10). Ele falou a dirigentes da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) – filiada à Força Sindical – e para integrantes do Fórum Sindical de Trabalhadores (FST), dirigido por 19 Confederações.

O assessor do Diap (foto) também chamou atenção para a rapidez das matérias que contrariam os trabalhadores. “A Reforma da Previdência tramita em caráter de urgência constitucional. Serão 45 dias na Câmara e outros 45 no Senado. Ou seja, é um tempo curto”, informa. Verlaine orienta que o sindicalismo tente buscar  o fim da urgência, para que haja mais debate e negociação.

Frentes 

Com larga experiência de assessoria parlamentar para o Diap e o sindicalismo, Marcos Verlaine orienta que o movimento organize frentes efetivas sobre Previdência e Reforma Trabalhista, para atuarem junto ao governo e ao Congresso. “Precisamos de uma articulação qualificada e permanente”, ele alerta.