Jornal do Vaticano critica desigualdade social na Argentina

Por meio de seu jornal, O Observador Romano, o Vaticano criticou a desigualdade social na Argentina. O artigo intitulado “A crescente desigualdade na Argentina” foi publicado na edição desta sexta-feira (13) e apresenta a preocupação do clero com os rumos de Maurício Macri no país sul-americano.

Mauricio Macri - MinutoUno

Recentemente o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) apresentou um estudo onde mostra que no último ano a desigualdade social aumentou no país.

Com base nestes dados o jornal trouxe a seguinte afirmação: “Os 10% da população mais rica recebeu, em média, no terceiro trimestre do ano passado, lucros 25,6 vezes maior que os 10% mais pobre. Três meses antes esta diferença era 23 vezes maior”.

No final de setembro [de 2016] o presidente Macri admitiu que 32% da população era pobre, mas o PIB durante seu primeiro ano de mandato diminuiu 3,8% no terceiro trimestre e a atividade industrial caiu 4,1%, enquanto a inflação é de 40%, denunciou o periódico.

Segundo o estudo do Indec, os argentinos mais pobres vivem com 1.370 pesos por mês, enquanto os mais ricos gastam cerca de 34.998 pesos.

O estudo também mostra que metade dos argentinos ganha menos de 8 mil pesos por mês (cerca de R$1600). Segundo estudos internacionais, este valor é suficiente para custear a cesta básica de alimentos, mas não para garantir todos os serviços básicos.