Seminário Internacional em Brasília reúne defensores da educação 

“É importante construir alianças com nossos companheiros no mundo inteiro para juntos lutarmos pela educação. Nós nascemos para sermos felizes e unidos temos capacidade de construir um mundo melhor”, disse o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, na abertura do 2° Seminário Internacional, em Brasília, nesta quarta-feira (11), para uma plateia que reuniu representantes de diversos países, além do movimento social brasileiro. 

Seminário Internacional em Brasília reúne defensores da educação - CNTE

Ele explicou que o objetivo do encontro, que prossegue até domingo (15), é trocar experiências e fortalecer o engajamento dos/as trabalhadores/as em educação nas lutas da sociedade brasileira por mais e melhores serviços públicos e pela garantia de direitos individuais e coletivos. “É necessário reforçar a luta pela liberdade e autonomia sindical, contra a repressão e a perseguição de lideranças sindicais no Brasil e no mundo", avaliou.

Durante suas palavras de saudação na abertura do Seminário, a professora Fátima Silva, Secretária de Relações Internacionais da CNTE e Vice-Presidenta da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), fez um reconhecimento aos avanços que os trabalhadores e trabalhadoras da educação têm alcançado ao longo dos últimos anos. “Temos que valorizar essa conferência como uma grande oportunidade de construir e fortalecer laços de solidariedade entre os países”, enfatizou.

O Presidente da IEAL, Hugo Yasky, fez uma análise da conjuntura política atual. “Esse seminário é muito importante, pois temos que proclamar a união de todos os países para gerar ações que permitam que os trabalhadores possam encontrar a saída para as crises e a repressão sindical que está ocorrendo em toda a América Latina”, destacou.

Golpe no Brasil

O Secretário de Finanças da CNTE, Antonio Lisboa, falou sobre o golpe no Brasil e a repercussão na Educação. Segundo ele, o golpe se deu em três pilares, o primeiro foi geopolítico, ou seja, o poder dos Estados Unidos influenciou; o segundo foi uma questão econômica, acesso aos bens naturais do Brasil, como o pré-sal e a água; e o terceiro, pela manutenção dos direitos das elites mesquinhas e corruptas que querem manter o povo subserviente.

“Temos que politizar o debate e lutar pela democracia, pela justiça social e questões ambientais, somos responsáveis pelo mundo que vamos deixar para nossos filhos”, concluiu Lisboa.

As organizações convidadas exibiram trabalhos relacionados aos desafios educacionais de seus países, projetos dos movimentos sindicais envolvidos com o tema e apresentaram um panorama geral do assunto em cada região.