Rússia nega ter informações comprometedoras sobre Trump

O Kremlin classificou nesta quarta-feira (11) como “absolutamente falsas” as informações divulgadas na noite de terça-feira (10) pela imprensa norte-americana de que Moscou obteve “informações comprometedoras” sobre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e depois o chantageou para que ele favorecesse a Rússia.

Donald Trump e Vladímir Pútin - Montagem efe

"É absolutamente falso, fabricado" por aqueles que têm interesse em "prejudicar as relações bilaterais" entre Rússia e EUA, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"Há quem instigue esta histeria para sustentar essa caça às bruxas. A propósito, o próprio presidente Trump definiu essa mentira como a continuação da caça às bruxas", ressaltou o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a quem os serviços de inteligência dos EUA acusam de interferir nas eleições presidenciais norte-americanas em favor do republicano.

"O Kremlin não se dedica a reunir informações comprometedoras", insistiu o porta-voz ao assegurar que Moscou também não dispõe de dados que possam causar prejuízo a Hillary Clinton, que foi candidata à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.

Na terça-feira (10), o site Buzzfeed publicou um suposto dossiê com informações coletadas por um ex-agente de inteligência britânico com fontes russas que indicaram que Moscou tem “informações comprometedoras” sobre Trump, que usou para chantagear o republicano. O site indicou que a veracidade do suposto relatório e das informações que ele contém não pôde ser verificada. Segundo a CNN, o presidente dos EUA, Barack Obama, teria recebido um resumo deste dossiê, entregue a ele pelo FBI.

As informações em poder da Rússia incluiriam provas recolhidas pelos serviços de inteligência russos sobre atividades sexuais de Trump em um hotel de Moscou. Segundo o documento, Trump teria contratado prostitutas para participar de orgias na suíte presidencial do Hotel Ritz Carlton, na qual já se hospedaram o atual presidente dos EUA e a primeira-dama, Michelle Obama, durante uma visita à capital russa.

O relatório citado também detalha que as autoridades russas ofereceram a Trump negócios imobiliários relacionados especialmente com a Copa Mundial de 2018, embora o presidente eleito tenha rejeitado. O que Trump e seus assessores teriam de fato aceitado foram informações sobre os democratas e Hillary Clinton, que a inteligência russa teria obtido através de ciberataques.

O próprio Donald Trump negou tais alegações, afirmando se tratar de “notícia falsa”. “A Rússia nunca tentou usar qualquer influência sobre mim, escreveu o futuro presidente dos EUA em seu Twitter.