Renildo Calheiros defende legado do PCdoB em Olinda 

Em entrevista à Folha de Pernambuco desta quarta-feira (27), o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), defendeu os oitos anos de sua administração. Alvo de críticas por parte de adversários políticos durante a campanha eleitoral de outubro deste ano, Renildo disse que a crise financeira mundial teve impactos sobre as ações de seu governo provocados, especialmente, pelo atraso no repasse de recursos dos governos estadual e federal para a execução de obras na cidade. 

Renildo Calheiros defende legado do PCdoB em Olinda - Luiz Fabiano/PMO

Ele destacou, no entanto, sua boa relação com esses parceiros, motivo pelo qual nunca expôs essas dificuldades publicamente.

Contrariando o discurso dos críticos, Renildo assegurou que deixará para seu sucessor, Professor Lupércio (SD), diversas obras em andamento e o pagamento dos salários dos servidores absolutamente em dia. Situação que o PCdoB não encontrou quando a deputada federal Luciana Santos assumiu o governo de Olinda em 2001.

"As críticas são da luta política. Governei a cidade por oito anos e fui acusado várias vezes de que Olinda é um canteiro de obras inacabadas, mas vou deixar a cidade cheia de obras, inclusive, obras em andamento para o próximo prefeito concluir. Esta semana comecei a pagar o salário de dezembro e paguei o 13º a semana passada. Nesta crise vou terminar com o pagamento dos servidores em dia. Quando Luciana recebeu a prefeitura não recebeu assim, mas com vários meses de salários atrasados", ressaltou o prefeito de Olinda, durante a assinatura de autorização para o início das obras da segunda fase da II Perimetral Metropolitana Norte, ontem.

Renildo Calheiros rebateu também o discurso do prefeito eleito com relação à suposta participação do PCdoB em seu futuro governo. "Trata-se de um discurso desnecessário. Não há reivindicação do PCdoB, que não tem nenhum interesse em participar do governo do Professor Lupércio. Ele tem repetido isso sistematicamente, de maneira desnecessária", ponderou. A relação institucional com o próximo governo, porém, está mantida. "A transição segue sem ruídos", garantiu.

Audicéa Rodrigues, com informações da Folha de Pernambuco
Do Recife