PMDB trava briga interna na sucessão do Senado

Uma batalha está sendo travado nos bastidores do PMDB, a sigla do presidente Michel Temer, pela sucessão na presidência do Senado. A disputa pode envolver três candidatos da legenda: o atual líder do partido, Eunício Oliveira (CE); o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR); e Roberto Requião (PR), que poderá contar com o apoio da oposição.

PMDB trava briga interna na sucessão do Senado - Sobral de Prima

Eunício de Oliveira tem a simpatia de Temer, mas o atual presidente, Renan Calheiros (AL), quer que o cargo caia no colo de Jucá. Para garantir na oposição parte dos 41 votos necessários à sua eleição, o senador cearense sinaliza aos oposicionistas apoiar a aprovação de matérias polêmicas, como o fim do foro privilegiado. Oliveira reserva para o PSDB a vice-presidência.

Em oposição, Renan e Jucá preferem sensibilizar os colegas com a aprovação do projeto que regulamenta o abuso de autoridade, cuja relatoria está a cargo de Requião.

Oliveira também buscar fechar parceria com Raimundo Lira (PMDB-PB) como líder da bancada. Lira presidiu a comissão do impeachment, que aprovou o afastamento definitivo da ex-presidenta Dilma Rousseff do Palácio do Planalto.

Por fora corre o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que busca apoio de Renan e Jucá, mas tem o desconforto de ter sido ministro de Dilma até os últimos dias de exercício do cargo.

Temer, Renan e Oliveira discutem qual o melhor quadro para enfrentar mais dois anos de investigação da Operação Lava Jato, em que são citados.