Da prisão, José Dirceu pede povo na rua contra Temer

"É hora de ação, de pressão, de ir às ruas, de exigir, liderar e apontar rumos. É agora ou nunca. Sem conciliações e acordos, é hora de um programa de mudanças radicais, na política e na economia", disse o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, em carta ao escritor Fernando Morais.

Zé Dirceu sai para trabalhar - Reprodução

Dirceu, que está preso em Curitiba, apontou ainda um de seus alvos: a Globo, apontada por Morais como "inimiga do Brasil e dos brasileiros"; "Temos ainda 20 longos anos de luta pela frente. Até a vitória, sempre. Delenda Rede Globo…"

Leia a íntegra da carta que Dirceu assina como Daniel, um dos nomes que usou durante a ditadura:

“Mestre Fernando

Fiquei feliz pela foto em Havana com Raul e os companheiros, além da Mônica, unicamente senti não estar com vocês, mas me senti representado por você e o Breno.

Não vi Rafael Correa, enviou algum representante? Vice-Presidente?

Lá estavam João Pedro, Boulos e Vagner que agora tem a missão de ir ‘as ruas e exigir justiça para todos, a renúncia de Temer et caterva, eleições gerais, constituinte, antes que façam um acordão, como já vem sendo pensado por Gilmar Mendes, a falada “operação contenção” para salvar o tucanato e o usurpador Temer.

É hora de ação, de pressão, de ir às ruas, de exigir, liderar e apontar rumos. É agora ou nunca. Sem conciliações e acordos, é hora de um programa de mudanças radicais, na política e na economia.

Bem, já está de bom tamanho para quem está preso e não deve meter o bedelho!

Você está gordo, cuide-se, precisamos de você, agora como nunca!

Temos ainda 20 longos anos de luta pela frente.

Até a vitória, sempre.

Delenda Rede Globo…

Daniel

Obs: O STF se acumpliciou com as ilegalidades do Moro, com o golpe e pior, com a impunidade, o corporativismo judiciário!”