Ginástica dos EUA teve 368 casos de abuso sexual nos últimos 20 anos

Os jornais estadunidenses The Indianapolis Star e USA Today publicaram uma investigação alarmante sobre os casos de abusos sexuais na ginástica dos Estados Unidos. Foram 338 casos nos últimos 20 anos.

Símbolo da associação estadunidense de ginástica

A investigação levou em conta apenas denúncias oficiais contidos nos arquivos policiais. Assim, como há casos em que o agressor não é denunciado, o número pode ser ainda maior, e a maioria acaba saindo impune.

Os repórteres concluiram que os agressores mudavam de emprego constantemente. Eram demitidos sem estardalhaço e contratados por outros, pulando de academia em academia.

Eles informaram ainda que não ficou claro nos arquivos quantos agressores e agredidos pertenciam à equipe de ginástica dos Estados Unidos, "porque a organização não abriu tal informação", mas a pesquisa que fizeram revelam um amplo número de agressões sexuais entre os ginastas americanos.

Ainda segundo a publicação, a maioria das vítimas é do sexo feminino, e grande parte figura na faixa da adolescência. Os abusos foram realizados por treinadores, donos de academias ou outras pessoas relacionada à modalidade.

"No total, 115 adultos de todos os níveis do esporte, de mestres olímpicos a novatos trabalhando com ginástica recreativa, foram acusados. Os abusos acontecerem em todas as partes dos Estados Unidos, do Maine à Califórnia, de Washington à Flórida e por todo o meio oeste".

Recentemente, diversos casos de abuso sexual também foram denunciados no futebol. De acordo com a polícia inglesa, 350 casos foram recebidos, e a Fifa, entidade máxima do futebol, declarou que terá tolerância zero com os abusos sexuais.