Hospital móvel russo é atacado em Alepo e duas médicas morrem

Ataque de uma hora e meia realizado por terroristas contra hospital móvel russo na cidade síria de Alepo matou duas médicas russas e deixou feridos.

Hospital móvel russo em Alepo é destruído por terroristas

O ataque de uma hora e meia contra o hospital móvel russo, na cidade síria de Aleppo, que causou a morte de duas médicas russas, indica que grupos terroristas não têm obstáculos no no ataque a postos médicos para perpetuar a guerra no país devastado, disse na quarta-feira (7) à Agência Sputnik o analista da RIA Novosti, Aleksandr Khrolenko.

"Possivelmente, as pessoas que organizaram o ataque contaram com uma forte resposta das forças governamentais e dos seus aliados encarregados de fechar todas as rotas e corredores [dos bairros em Alepo oriental] para os rebeldes" que consideram se render, notou o analista.

Os terroristas que pretendem derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad e os seus financiadores ocidentais estão desesperados por causa do progresso da libertação de Aleppo, afirmou Khrolenko.

As forças governamentais alcançaram grandes êxitos em Alepo nas últimas semanas, tendo liberado mais da metade dos bairros no leste da cidade. Na quarta-feira (7), o exército sírio e os seus aliados tomaram o controle de todo o centro histórico da cidade.

"Os terroristas, de forma geral, visavam atingir a vida pacífica da cidade, que vem se recuperando da guerra. A assistência médica oferecida aos cidadãos é um dos indicadores da aproximação da paz", disse.

Ele acrescentou que o ataque ao hospital russo levanta dúvidas em relação aos objetivos dos países ocidentais e dos seus aliados no Oriente Médio, que estão sendo promovidos na Síria.

"Se 'o ditador Assad' e os seus aliados estivessem sistematicamente cuidando dos cidadãos sírios, inevitavelmente surgem as questões – o que faz aqui a coalizão de 80 países, liderada pelos EUA, e o que desencadeou a guerra de muitos anos entre os 'oposicionistas' armados e o governo legítimo, exército e povo da República Árabe Síria?", observou.

O político curdo Omar Hassun indicou que o ataque contra o hospital russo em Alepo divide os bandos armados: alguns estão prontos para largar armas e retornar à vida pacífica, enquanto outros mais radicais afirmam que continuarão as atividades terroristas até o fim.

Segundo Khrolenko, alguns terroristas continuarão lutando pois ainda recebem armas e informações de fora da cidade, embora o exército sírio e seus aliados já tenham feito de tudo para destruir as rotas de fornecimento para bairros de Aleppo, até então controlados por militantes.

Na segunda-feira (5), o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konachenkov, disse que bandos armados da chamada "oposição" síria atacaram o hospital móvel russo em Alepo, que resultou na morte de duas médicas militares russas e deixou ferido outro médico. Além deles, o ataque atingiu residentes locais que aguardavam atendimento.

Ambas as médicas serviam no hospital de Birobidjan, capital da Região Autônoma Judaica, território situado no oriente da Rússia, na Sibéria, e que foi criado durante o governo de Josef Stálin, nos anos 1930, a pedido da comunicada judaica que vivia na URSS.