Macri é indiciado por emissão de títulos da dívida 

O presidente argentino, Mauricio Macri, seu ministro da Fazenda, Alfonso Prat Gay, e o chefe do Banco Central, Federico Sturzenegger, foram processados pela emissão de títulos de dívida de curto prazo.

Macri

A notícia começou a circular, nesta quarta-feira (8), em vários meios de imprensa, depois do pedido da fiscal Paloma Ochoa ao juiz Daniel Rafecas para levar adiante a denúncia de um grupo de congressistas da Frente para a Vitória que consideram a gestão infiel, em prejuízo do Estado Nacional.

O presidente, o ministro e Sturzenegger são processados judicialmente pela emissão de mais de 685 bilhões de pesos (mais de 42 bilhões de dólares) em títulos de dívida a curto prazo com taxas de 40% anual, acusados de ter manipulado 'o verdadeiro valor da divisa'.

A promotora apontou que, de acordo com a denúncia dos congressistas, "a emissão abusiva de títulos de dívida pública teria causado um prejuízo significativo ao Estado para beneficiar determinados grupos econômicos".

Segundo refletiu o jornal Âmbito Financeiro, a promotora afirmou que "devido à evidente diferença entre o valor real do dólar e o preço fictício que lhe foi designado, alguns grupos econômicos aproveitaram a ocasião para obter dólares a valores fictícios e sem limite algum, para depois cobrar do sistema financeiro argentino os valores reais".

Ochoa pediu à pasta da Fazenda que informe o total da dívida externa emitida desde 10 de dezembro de 2015, detalhando a taxa de juros fixada para esses bônus e os prazos de amortização.