Integração latino-americana e caribenha, o legado de Fidel e Chávez

A integração latino-americana e caribenha tem em dezembro um mês de especial significado, que convida a ressaltar o legado de unidade regional dos comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez, afirmou, nesta quarta-feira (6), o embaixador venezuelano Rafael Ramírez.

Por Waldo Mendiluza, na Prensa Latina

Chavez, Fidel e Evo Morales - Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate (Fotos Públicas)

O diplomata recordou o nascimento da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), em dezembro de 2004, e a cimeira de fundação, em Caracas, sete anos depois, da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

"A ALBA foi a vanguarda desse objetivo, uma criação de Fidel e de Chávez; eles a pensaram e a implementaram e assim apontamos para a Aliança", precisou o representante permanente venezuelano ante a ONU, uma testemunha excepcional dos esforços dos falecidos líderes revolucionários pela integração regional.

De acordo com Ramírez, essa semente germinou, e lhe seguiram em 2005 Petrocaribe, em 2007 a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e em 2011 a Celac.

"Sem lugar a dúvidas, os comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez foram os grandes arquitetos de uma nova relação entre os países da região, que para além da integração perfilou a unidade", sublinhou.

O diplomata comentou que os frutos dos sonhos e os esforços de ambos líderes, inspirados em heróis como Simón Bolívar e José Martí, estão muito presentes.

Milhões de latino-americanos e caribenhos têm visto os benefícios em matéria de saúde, como a Operação Milagre para recuperar a visão.

Ramírez destacou a derrota da Área de Livre Comércio para as Américas (Alca) em novembro de 2005, em Mar del Plata, onde os presidentes Chávez, Néstor Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva encabeçaram a batalha "para evitar a imposição pelos Estados Unidos desse mecanismo de dominação perverso, que teria devastado nossas economias".

Também temos a efetividade da resposta da Unasul às tentativas de golpe de Estado na Bolívia, em 2008, e no Equador, dois anos depois; e a proteção através da Petrocaribe aos irmãos países caribenhos das assimetrias do mercado petroleiro mundial, sobretudo em uma época de altos preços, afirmou.

Para o embaixador da Venezuela, a integração regional impulsionada por Fidel e Chávez constitui uma resposta da América Latina e do Caribe à necessidade de construir um mundo multipolar, sobre a base de problemas, desafios e interesses comuns.