Dirigente da CTB: Para barrar a PEC 55 é preciso corpo a corpo 

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) convoca uma ampla resistência e a unidade do movimento sindical para o enfrentamento no segundo turno da famigerada Proposta de Emenda à Constituição PEC 55 (Pec 241, aprovada na Câmara). A convocação foi reforçada pelo secretário do Serviço Público e do Trabalhador Público da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), João Paulo Ribeiro, o JP. 

Após o início da greve dos servidores do Instituto Federal de Brasília, trabalhdores e estudantes marcharam na Esplanada dos Ministérios em protesto contra a PEC 241 de congelamento aos gastos públicos para a saúde e educação por 20 anos.

A proposta foi aprovada em dois turnos pelos deputados, mas, como se trata de uma mudança no texto constitucional, a aprovação no Senado precisa ter o apoio de três quintos dos senadores (49 de 81), nos dois turnos, para virar lei. A votação em segundo turno está marcada para acontecer no dia 13 dezembro.

 
Aprovada em primeiro turno no Senado Federal no dia 29, por 61 votos à favor e 14 contrários, a "Pec da Morte", como ficou conhecida, congela investimentos primários como saúde, educação, pesquisa científica, entre outros, pelos próximos 20 anos.
 
Para JP, essa semana será decisiva. O secretário orienta às estaduais da CTB a se mobilizarem para fazer um corpo a corpo com os deputados no sentido de conscientizá-los para o prejuízos da PEC para a classe trabalhadora e, principalmente, para os trabalhadores dos serviços públicos. “Os militantes classistas devem visitar suas bases, principalmente os servidores públicos. Temos que nos mobilizar agora. Lute agora ou se cale por 20 anos”, reforçou o sindicalista.
 
Para João Paulo Ribeiro, esse é o maior de todos os desafios já enfrentados pelas entidades sindicais do nosso país. "Precisamos reverter 16 votos na Casa Legislativa. Temos entidades filiadas em todas as regiões do país. É urgente um intensivo trabalho destas junto aos senadores de suas respectivas regiões para barramos o projeto. Sei o que o desafio é enorme, mas nos acomodar num momento tão decisivo é tudo que os adversários do serviço público e da sociedade brasileira desejam no momento”, afirmou JP.
 
João Paulo destaca que desde o início das discussões acerca da proposta, a CTB manteve posicionamento firme contra a "PEC da Morte" e segue na defesa de todo empenho necessário para tentar barrar a nefasta matéria, em segundo turno.
 
“Não lhes daremos o sossego desejado. Seguiremos mais firmes do que nunca na defesa de um modelo de desenvolvimento que conjugue progresso econômico com inclusão social. A aprovação da PEC 55 vai na contramão desse objetivo e, portanto, não mediremos esforços para barrá-lo no Congresso Nacional ", alertou.