"Conjuntura cobra unidade, reflexão e maturidade", diz Adilson Araújo

Araújo participou da abertura do encontro e fez uma análise do momento vivido no país. "Durante os governos populares e progressistas, nosso campo não investiu no empoderamento subjetivo do nosso povo. Ganhamos muito. Realizamos sonhos e conquistamos nosso orgulho de ser brasileiro, mas isso não se refletiu na hora que a onda conservadora varreu o Brasil, sobretudo, pós-2013".

Araújo falou também sobre o nocivo impacto da operação Lava Jato para o país que, nas suas palavras, "investigou o CPF dos responsáveis por desvios, mas está punindo o CNPJ".

"Defendemos a investigação e punição de todos que cometeram crimes contra a nação. Por outro lado, também entendemos que isso não pode ser realizado causando prejuízos para o nosso povo. É um escândalo o que esses promotores estão fazendo e quem está pagando a conta é o nosso setor produtivo", alertou o dirigente.

Mídia

Também presente na reunião, a secretária de finanças adjunta da CTB, Gilda Almeida, falou sobre o papel da mídia brasileira na criminalização da ex-presidente Dilma Rousseff e no fomento e articulação do golpe no país. Araújo reforçou esta posição, destacando que há um conluio entre os poderes e que a mídia assume um papel estratégico.

"Assistimos em todos os meios de comunicação uma verdadeira criminalização dos diversos setores. Se criminalizou a construção civil, responsável pela geração de milhões de empregos na última década e que alavancou fortemente a nossa economia; a política e, consequentemente, toda a esquerda; e os movimentos sociais. Essa realidade complexa nos cobra soluções complexas e elas só irão florescer em conjunto com as nossas bases".