Daniel Almeida: Vai ficando claro que esse governo está inviabilizado

O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA) ressaltou que o presidente Michel Temer não teria mais condições de continuar no poder e que deveria ter pedido demissão do cargo após episódio de envolvimento com interesses particulares de Geddel.

Daniel Almeida denuncia impactos da PEC do desmonte do estado brasileiro - Ass. Lid. PCdoB na Câmara

“Acho que Michel teria feito um bem muito maior se ele tivesse se demitido, porque os fatos para a saída de Geddel ele também praticou. De qualquer jeito, esse é um fato grave que vai merecer a repercussão no Congresso, na sociedade. Vai ficando claro que esse governo está inviabilizado”,

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o deputado – que também é presidente estadual do PCdoB na estado – rebateu sobre a saída do baiano Geddel Vieira Lima do governo. “Não vi nenhum beneficio durante os seis meses que ele permaneceu no ministério, e não conheço nenhum beneficio que esse governo trouxe para a Bahia. Quais?”, questionou Daniel.

A colocação do deputado era em relação à uma entrevista publicada pela Tribuna, em que o deputado Paulo Azi (DEM-BA) lamentou a saída de Geddel do governo. “Fiquei muito triste, acho que a Bahia perde muito. O ministro Geddel estava ocupando uma posição central no governo e eu não tenho dúvidas de que isso ia trazer enormes benefícios. Na verdade, já estava trazendo", disse Paulo. 

Outra deputada baiana, Alice Portugal, do PCdoB, já havia comentado o episódio. “A demissão do Geddel é uma tentativa de salvar o presidente Temer que está completamente implicado com a circunstância e comete crime de responsabilidade, colocando o Brasil nessa insegurança jurídica cotidiana. Lamentavelmente, o Brasil está achincalhado nos ambientes internacionais e encontra-se, neste momento, envolvido em um processo ilegítimo e desmoralizante na política, destacou a deputada.

No mesmo tom, a deputada estadual Luiza Maia (PT), classificou como “vergonhosa” a polêmica envolvendo o peemedebista. “A prova está aí, não sou eu que estou dizendo. É uma coisa muito complicada, uma pessoa usando um cargo para pressionar por interesses pessoais.

E segundo, não acho que a Bahia perdeu. Na política, ele é uma pessoa que vive dando golpe e defendendo seus interesses pessoais. Se falar que foi citado na Lava Jato”, disse, acrescentando que o episódio vai intensificar o desgaste do governo Temer.

“Acho que ele [Temer] está envolvido na história. Ele assumiu a cadeira do golpe e não tem a confiança de ninguém, ainda mais com essas confusões, com o sexto ministro que cai. Esse governo que está aí precisa ser impedido também", disse à Tribuna da Bahia.