Temer almoça com a cúpula do golpe: Aécio, FHC e outros do PSDB

Diante da crise instaurada no governo, após as revelações trazidas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e a queda do também ministro Geddel Vieira Lima, o presidente ilegítimo Michel Temer convidou a cúpula do golpe, o PSDB, para um almoço no Alvorada, nesta sexta-feira (25).

Temer Cunha Lima e Aécio - Fabio Rodrigues Agência Brasil

A lista de convidados foi planejada pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e incluiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, governadores, ministros e prefeitos tucanos.

Durante evento realizado na Câmara também nesta sexta, os tucanos botaram panos quentes na crise do governo golpista que eles ajudaram a criar. FHC e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disseram que a saída de Geddel é uma prerrogativa de Temer e que o momento é de se focar na atual crise econômica e não “nas pequenas coisas”.

Fernando Henrique disse que “não há nada pior que tirar um amigo do governo”, ao se referir à saída de Geddel, mas, completou, “às vezes não tem jeito”.

“Diante da circunstância brasileira, depois do impeachment, o que temos que fazer é atravessar o rio. Isso é uma ponte. Pode ser uma ponte frágil, uma pinguela? Tudo bem. Mas é o que tem. Se você não tiver uma ponte, você cai no rio”, afirmou.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse não acreditar que a saída da Geddel vá atrapalhar nas votações de projetos na Câmara ou no Senado.

“Ele [Geddel] fez o que tinha que fazer, evitar que essa questão se transformasse numa questão prioritária para o país quando há tanta coisa mais importante para nós resolvermos”, desconversou o senador.

Alckmin disse que Temer “conta integralmente” com o apoio do PSDB para a aprovação de “medidas de interesse da população”.