De São Luis, pacifistas do mundo reafirmam solidariedade aos povos

A capital do Maranhão, São Luís, agora é também a Capital Mundial da Paz. Localizada na ilha de Upaon-Açu, entre as baias São Marcos e São José, a cidade que é marcada pelas intensas disputas por território entre franceses, holandeses e portugueses, ao receber pacifistas dos cinco continentes se consolida como uma região de paz e solidariedade entre os povos do mundo. 

Por Mariana Serafini

Abertura da Assembleia do Cebrapaz no Maranhão - Mariana Serafini

Militantes e ativistas pela paz de mais de 40 países se reúnem em São Luís para a 4ª Assembleia Nacional do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta Pela Paz) e para o Congresso do Conselho Mundial da Paz. As atividades começaram na manhã desta quinta-feira (17) e seguem até o domingo (21) quando os pacifistas dos cinco continentes vão emitir uma resolução em defesa da paz e da soberania dos povos.

Durante a abertura das atividades, o secretário estadual de Articulação Política e Comunicação do Maranhão, Márcio Jerry, saudou os participantes e destacou a atuação do governador Flávio Dino (PCdoB) na luta pela redução das desigualdades sociais numa das regiões mais marcadas pelo coronelismo no país.

Marcio Jerry participa da mesa de abertura da 4ª Assembleia Nacional do Cebrapaz



Para Jerry, a administração de Flávio Dino, dedicada a melhorar a qualidade de vida dos habitantes do Maranhão vai ao encontro dos anseios dos pacifistas do mundo que defendem a soberania e a autonomia dos povos.

A presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Cebrapaz, Socorro Gomes, destacou que este encontro acontece durante um período em que a paz no mundo está gravemente ameaçada pelo imperialismo norte-americano que amplia sua contraofensiva diante da crise do capitalismo.

Socorro anunciou os trabalhos dos próximos três dias com destaque para as causas do povo palestino e a luta contra as injustas invasões de Israel; a resistência do Saara Ocidental frente à ofensiva marroquina; e o grande desafio desta década para os pacifistas de todo o mundo: a questão dos refugiados expulsos de seus países devido às guerras e invasões que ao chegar à
Europa encontram todo tipo de empecilho e preconceitos.

Com relação à América Latina, Socorro Gomes destacou a conquista do Acordo de Paz entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo que dará fim aos mais de 50 anos de conflito; a reaproximação de Cuba com os Estados Unidos e a luta pelo fim do bloqueio norte-americano; a crise política que atinge a Venezuela e tenta destituir o presidente Nicolás Maduro; além da ameaça que as dezenas de bases militares dos Estados Unidos espalhadas por quase todos os países do continente latino-americano representam à soberania dos povos.

Para Socorro, os pacifistas do mundo têm pela frente um longo período de luta pela autoafirmação dos povos, não só na América Latina, mas em todos os continentes onde o imperialismo norte-americano atua para consolidar sua hegemonia. Ao final destes três dias de trabalho será apresentada uma resolução que norteará as ações para os próximos anos a fim de alinhar e fortalecer a luta pela paz.