Jandira critica decisão do Conselho de Ética de absolver Bolsonaro 

A líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a decisão do Conselho de Ética da Câmara que arquivou representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC- RJ) por homenagear o torturador Brilhante Ustra no voto que deu a favor da abertura do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.

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“Fazer apologia à tortura é crime hediondo. O processo contra Jair Bolsonaro sendo arquivado pelo Conselho de Ética dá uma interpretação que fazer apologia à tortura é algo aceitável. Lamento profundamente que a gente tenha uma Câmara dos Deputados que não consegue ver seu papel de preservar minimamente os pilares, os alicerces e os valores democráticos desse país”, afirmou Feghali (PCdoB-RJ), após o anúncio da decisão do colegiado na quarta-feira (9).

Por 11 votos a 1, os integrantes do colegiado rejeitaram o parecer do deputado Odorico Monteiro (Pros-CE), que pedia o prosseguimento das investigações. Jair Bolsonaro homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que comandou o DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974, durante a ditadura militar, e é acusado de tortura e do desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Durante sua gestão, cerca de 500 pessoas foram torturadas nas instalações do órgão.