Em assembleia, estudantes paranaenses afirmam que ocupações continuam

Os estudantes que ocupam 850 escolas no Paraná, contra a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio e a PEC 241, propostas pelo governo Temer, realizaram uma assembleia nesta quarta-feira (25) com a representação de 600 colégios sob o comando dos secundaristas. No fórum, foi debatida a conjuntura atual e encaminhada as principais reivindicações do movimento.

Em assembleia, estudantes paranaenses afirmam que ocupações continuam - Ocupa Paraná

Segundo informações da página "Ocupa Paraná" a assembleia começou com um minuto de silencio em homenagem e respeito ao estudante Lucas Eduardo Mota, morto brutalmente dentro de uma das escolas ocupadas em Curitiba, após a homenagem, os estudantes deram inicio as falas e intervenções sobre o movimento e a força que as ocupações têm no Paraná e qual exemplo podemos dar para o Brasil. As falas sempre reafirmando que a unidade precisa ser nossa ferramenta para barrar as medidas antipopulares de Michel (Fora) Temer e convocando todo o Brasil a ocupar ainda mais escolas.

Reivindicações

Os estudantes definiram as principais pautas de reivindicação, que inclui a criação de um decreto que garanta a promessa do governo do estado que disse que irá vetar a aplicação da MP 746/2016 no Estado do Paraná, anistia para que não existam perseguições, conferências estaduais sobre a Reforma do Ensino Médio, realocação dos locais de prova do Enem, além do prazo de sete dias para o Governo de o estado atender todas as nossas exigências.

Estudantes seguem ocupados 

Os estudantes salientam que não existe nenhuma orientação para que os secundaristas deixem os colégios ocupados, refirmando o compromisso de resistência contra o desmonte da educação ofertado pelo governo Temer através da PEC 241 e Reforma do Ensino Médio. 

Segundo informações da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), já são mais de 1.100 escolas e 102 universidades ocupadas em todo o país. Apesar da criminalização da cobertura da grande mídia e a truculência do governo Temer, que chegou até, por intermédio do Ministério da Educação, exigir nomes dos estudantes ocupados, o movimento segue crescendo dirimente.