No Brasil não, mas lá fora, Cunha é tratado como líder do impeachment

Diferentemente da forma como a mídia brasileira esconde a participação de Eduardo Cunha no processo de impeachment, a imprensa internacional trata o parlamentar cassado como sendo o grande artífice do golpe impetrado contra a presidenta Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha e Temer - Foto: Antônio Cruz/ABr

No Washington Post: “O poderoso ex-presidente da câmara baixa do Brasil, que liderou a deposição da presidenta Dilma Rousseff, foi preso, nesta quarta-feira (19), como parte de uma investigação sobre a gigante petrolífera estatal Petrobras.”

No The Guardian: “Eduardo Cunha, o político brasileiro que orquestrou o impeachment da primeira mulher presidente do país, Dilma Rousseff, foi preso por acusações de corrupção.”

No site da matriz da BBC: “O Sr. Cunha foi durante muitos anos um dos políticos mais poderosos do Brasil. Ele liderou o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, que foi afastada em agosto”.

No El País, edição espanhola: “Detido no Brasil, Eduardo Cunha foi o impulsionador do ‘impeachment’ de Dilma Rousseff”.

Por toda a parte do mundo, é isso o que é Eduardo Cunha: o líder, o orquestrador, o impulsionador da destituição de Dilma Roussef, menos na grande mídia do Brasil.