Previdência e Trabalho: Na sequência dos ataques contra direitos

Na semana em que a pauta do Congresso Nacional pode aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, estratégia do golpista Michel Temer na cruzada contra os direitos à educação e à saúde, o secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, enfatizou preocupação com as ameaças representadas pelas reformas trabalhista e previdenciária de Temer, que devem vir na sequência.

Por Railídia Carvalho

Centrais protestam em frente o inss - CTB

“Assim como a 241, as reformas que resolvem a vida dos patrões retiram direitos assegurados”, disse o dirigente.

A tática de Temer é priorizar uma proposta por vez. Aprovando a PEC 241, a atenção do Planalto é a reforma da Previdência. Wagner informou que Temer deverá se reunir com as centrais no início da próxima semana para apresentar essa proposta.  

“Reforma da Previdência, o negociado sobre o legislado e a terceirização. Só estes três itens detonam os direitos dos trabalhadores”, avaliou o dirigente. O sindicalista informou que os trabalhadores do setor dos transportes têm reunião na próxima sexta-feira (7), em São Paulo, para debater mobilizações e alternativas às propostas de retirada de direitos.
Impasse na retomada do emprego
“Querem resolver o rombo do governo às custas dos trabalhadores”, avaliou Wagner após participar da reunião do Fórum Nacional de Desenvolvimento nesta terça-feira (4), no Palácio do Planalto, com equipe do governo e entidades empresariais.

Foram discutidas alternativas para a retomada do crescimento e geração de empregos. 
 

Estiveram presentes as seguintes centrais: CTB, Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Sindicatos Brasileiros (CST), Nova Central Sindical de Trabalhadores e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
De acordo com Wagner, continua o impasse entre o que pensam os trabalhadores e os patrões. “Os patrões e o governo têm como ideia de que a mão de obra brasileira precisa baixar o preço. Isso não vai gerar emprego, ao contrário. Se tirar dinheiro de circulação fragiliza a economia e é menos dinheiro circulando. Isso tudo para deixar as contas do governo zeradas”, argumentou Wagner.
Para ele, a disputa de forças fica desequilibrada em favor do patrão com essas medidas defendidas pelo governo. “O empregador manda embora um que ganha mil e contrata um que ganha 600 e que faz a mesma coisa. Se isso acontecer, com a aprovação da terceirização, deixamos os patrões com a faca e o queijo na mão”, comparou.