Comunistas podem eleger o dobro de vereadores no Rio Grande do Sul

Apesar de ter reduzido o número de candidaturas ao legislativo, a expectativa do PCdoB é dobrar a presença do partido nas Câmaras Municipais no Rio Grande do Sul. Atualmente os comunistas têm 28 vereadores e neste domingo (2) poderão eleger em torno de 50 candidatos.

Raul Pont e Silvana Conti - Guilherme Santos/Sul21

O presidente estadual do PCdoB no Rio Grande do Sul, Adalberto Frasson, explica que este ano o partido optou por lançar menos candidaturas, porém mais competitivas, de forma a ampliar a presença de vereadores no Estado.

Diferente de 2012 que o partido concorreu à prefeitura da capital Porto Alegre, desta vez ocupa o a vice na chapa composta com o PT. A professora Silvana Conti, diretora do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, é a compõe a chapa com Raul Pont, candidato a prefeito.

De acordo com as últimas pesquisas, a candidatura PT-PCdoB tem condições de ir ao segundo turno contra o Sebastião Melo, do PMDB.

Em Caxias do Sul Assis Mello e Paulo Freitas, ambos do PCdoB, concorrem ao Executivo municipal. Já em Bagé, o candidato à prefeitura é o Dr. Fico que divide a chapa com o petista Rubens Salazar.

Em dois municípios menores o partido tem possibilidades de eleger prefeitos. Trata-se de Boa Vista do Buricá, onde o comunista Vili lidera a coligação “Juntos somos mais”, que integra PCdoB, PT, PDT, PTB e PSD. Já em Tiradentes do Sul o representante do PCdoB, André Rodrigues da Silva também tem chances de ocupar a prefeitura local.

Nas cidades da região metropolitana de Porto Alegre os comunistas têm dois candidatos a vice-prefeitos: Professora Paulete disputa o cargo em São Leopoldo e em Alvorada o candidato Marcelo integra a coligação com o PT. Nos dois casos, há possibilidades de ir ao segundo turno.

Para Frasson, o golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff gerou um clima de instabilidade política em todo o país e atinge as candidaturas municipais.

Ele destaca que Rio Grande do Sul há o agravante de os setores da esquerda terem perdido as eleições de 2014 para o governo do Estado. Vê, porém, com bons olhos a possibilidade de dobrar o número de vereadores e eleger dois prefeitos, mesmo diante de um quadro que não favorece a esquerda.