PCdoB luta contra elite para eleger Marcivânia prefeita de Santana 

“Nós temos muita esperança de que a Professora Marcivânia consiga vitória no domingo, por que é muito importante para o município, mas sabemos que em Santana, a segunda maior cidade do Amapá, que é um porto de exportação para soja e minério, ela sofre forte resistência das elites.” O secretário de Organização do PCdoB do estado do Amapá, Dorinaldo Malafaia, é quem avalia a reta fina da campanha do PCdoB no estado. 

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Ele também manifesta preocupação com a máquina financeira que apoia o atual prefeito, Robson Rocha (PR), que tenta a reeleição.

Mas destaca que “a candidatura do PCdoB tem tido aceitação muito ampla pelo fato de ser a que realmente polariza com os grupos políticos tradicionais, que representa a mudança e o protagonismo de oposição da gestão do Robson Rocha, que tenta a reeleição.”

Malafaia baseia sua expectativa de vitória da Professora Marcivânia também nos altos índices de rejeição do prefeito, que giram em torno de 68 a 70%.

E denuncia as manobras que o prefeito tem feito para impedir o crescimento da candidatura de Marcivânia, citando o caso mais recente, ocorrido nesta quinta-feira (28), quando a candidata do PCdoB foi impedida de participar do debate na TV local. Alegando que ela deveria chegar com meia hora de antecedência, a TV fechou os portões e não permitiu a entrada de Marcivânia mesmo ela tendo chegado com mais de meia hora de antecedência.

“O prefeito, que tenta a reeleição, e o grupo da elite do Amapá que o apoia, tentam impor a vitória qualquer custo”, acusa Malafaia, lembrando que nas eleições passadas, quando a Professora Marcivânia concorreu com Robson, ele usou menitras contra ela para ganhar a disputa.

Novas regras

Sobre as novas regras eleitorais, o dirigente comunista avalia que “para quem tem uma história política que não se constrói só no calendário eleitoral, não há tantos prejuízos, mas para quem se apresenta só na campanha, existem mais dificuldades.”

Para ele, as dificuldades maiores são de falta de recursos financeiros, por isso, uma campanha mais curta, ajuda.

E destaca que “a desculpa dessa minirreforma política, de que seria uma forma de coibir o financiamento privado de campanha, nós não estamos sentindo esse reflexo porque a s máquinas financeiras continuam bancando as campanhas. Eles encontram um caminho para manter o modelo”, afirma Malafaia.

Malafaia também se queixa da distribuição do horário eleitoral na TV em inserções, porque dificultou a apresentação dos candidatos a vereadores. “As campanhas proporcionais praticamente sumiram da TV”, avalia.

Mas as dificuldades não serão suficientes para permitir um bom desempenho dos candidatos proporcionais do PCdoB no Amapá. Segundo Malafaia, “nós vamos sair com uma bancada muito boa. Nós tínhamos um ou dois vereadores no estado e vamos triplicar o número de vereadores, o que ajuda na construção partidária e nesse processo de resignificação da política em que o PCdoB pode ter um papel importante.”

Outros candidatos

A deputada federal Professora Marcivânia concorre à prefeitura de Santana, cidade a 17 quilômetros de Macapá, com outros cinco candidatos: Elias Real (PRTB), Isabel Nogueira (PT), Ofirney Sadala (PSDC), Zilma (DEM) e o atual prefeito, Robson Rocha, que teve a candidatura indeferida e apresentou recurso à Justiça eleitoral.

Concorre na chapa com Marcivância como candidato a vice-prefeito o vereador santanense Richard Madureira (Rede). Eles são apoiados pelo PSB, PMN, Solidariedade e PTN. Os partidos abrangem 60 candidatos à Câmara Municipal de Santana. As legendas na coligação têm ao todo dois senadores, dois deputados federais e outros dois estaduais no Amapá.