Temer quer ser promovido de vice-decorativo para imperador

Desde que as manobras conspiratórias contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff foram reveladas, o ilegítimo Michel Temer demonstrava claramente a sua ânsia pelo poder. Após consumar o golpe e com apoio de boa parte da mídia, tenta construir uma imagem de um líder nato e respeitado por seus aliados. Autodenominado como vice-decorativo, Temer agora quer ser o “imperador” na sua república golpista.

Temer - Lula Marques - Lula Marques/AGPT

O ministro Eliseu Padilha, braço direito no golpismo, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta terça-feira (27), que a comunicação do governo é norteada pelo próprio Temer.

Mas Padilha emendou a sua fala comparando Temer a um imperador. “O comunicador-mor do governo tem que ser o presidente. Aí a população olha para o presidente e vê nele um pouco do que foi o imperador, a monarquia, alguém que tinha condições de definir o rumo da vida das pessoas”, declarou.

Dilma, a primeira mulher a chegar à Presidência da República, era taxada de “mandona” e “autoritária” pela grande mídia. Temer é chamado de “imperador” e não se lê ou ouve nenhum ruído na grande imprensa. Dilma não aceitou a chantagem e recebeu a traição de aliados.

Como um imperador, Temer proibiu manifestações silenciosas durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas do Rio de Janeiro. Mandou seguranças perseguir manifestantes nos atos de 7 de Setembro, ironicamente o Dia da Independência. Como um imperador medieval tenta impor reformas que retiraram direitos dos trabalhadores e aposentados.

Ainda sobre a entrevista de Padilha, ele comentou as declarações do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que antecipou a ação da Lava Jato que prendeu o ex-ministro Antonio Palocci. Padilha minimizou o fato dizendo se tratar apenas de um “erro humano” e tentou descolar a quebra de sigilo por Moraes de Michel Temer. “Gênero humano ainda não é perfeito. Por vezes há uma escorregada que não foi aquilo que o presidente disse e o ministro acaba criando, mas não traduz exatamente o que pensa o presidente”, declarou.